Lixo jogado nas praias gera impactos ambientais, econômicos e prejuízo aos banhistas

Além de deixar a água imprópria para o banho, poluição na areia e nos oceanos causa a morte de animais marinhos

As festas de fim de ano e as férias levam às praias um grande número de turistas que nem sempre descartam o lixo em local adequado. Segundo um levantamento do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), todos os anos, cerca de 190 mil toneladas de materiais plásticos são lançados ao mar, na costa brasileira. Em Santos, 117 toneladas de resíduos foram removidas da beira-mar durante a primeira quinzena de 2018, segundo dados da prefeitura. O peso é equivalente a 13 baleias francas adultas, espécie que costuma visitar o litoral paulista.

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O descarte incorreto do lixo, principalmente nas praias, interfere diretamente no desenvolvimento das espécies marinhas. De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Queensland, na Austrália, a contaminação dos oceanos, principalmente por plásticos, é responsável pela morte de cerca de 100 mil animais todos os anos.

Segundo o presidente do conselho da Associação MarBrasil, Ariel Scheffer, cerca de 260 espécies marinhas estão ameaçadas de extinção devido ao descarte incorreto de plásticos no mar. “Muitos animais se enroscam e ficam feridos ao terem contato com esse tipo de material, mas o problema principal é a ingestão do plástico, que é tóxico e não é um elemento natural do trato digestivo”, explica.

O biólogo, que é membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, destaca que as aves marinhas e as tartarugas são as mais prejudicadas por confundir sacolas com alimentos da cadeia alimentar, como águas vivas e pequenos organismos. “Dos animais encontrados mortos, 100% das tartarugas verdes e 75% das aves marinhas possuem plástico no estômago.”

Além de impactar as espécies marinhas, os resíduos descartados nas praias também interferem na vida dos banhistas, que podem se ferir com determinados objetos. A sujeira também reduz a balneabilidade, que é o índice usado para verificar a qualidade da água destinada à recreação. Desse modo, ela se torna imprópria para o banho, podendo gerar doenças.

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Os prejuízos afetam ainda a economia dos municípios, que precisam aumentar as despesas com a limpeza das praias e perdem a receita com o turismo. No setor da navegação e nas atividades pesqueiras, a produtividade tende a diminuir devido à morte dos peixes e à poluição dos oceanos.

Sobre a Rede de Especialistas

A Rede de Especialistas de Conservação da Natureza é uma reunião de profissionais, de referência nacional e internacional, que atuam em áreas relacionadas à proteção da biodiversidade e assuntos correlatos, com o objetivo de estimular a divulgação de posicionamentos em defesa da conservação da natureza brasileira. A Rede foi constituída em 2014, por iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

Nota da redação: por favor, não seja uma dessas pessoas que fazem isso!

Presidente Bolsonaro, não junte meio ambiente e agropecuária num único ministério*

Agropecuária e meio ambiente são duas agendas prioritárias e estratégicas para o Brasil. O Brasil é reconhecido nacional e internacionalmente pela pujança de sua natureza e recursos naturais e pela excelência da sua agropecuária. Somos reconhecidos como campeões mundiais de conservação da natureza e da biodiversidade e da produção de alimentos.

O mundo inteiro olha para o Brasil como solução para a segurança alimentar da crescente população mundial, para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas (com captura de carbono em reflorestamentos e restauração de ecossistemas degradados e com uso de recursos genéticos para o desenvolvimento de novas cultivares e raças domesticadas adaptadas) e para a manutenção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos associados. As duas agendas oferecem enormes oportunidades para o Brasil.

O Brasil se diferencia dos demais países por ser o campeão mundial em biodiversidade (número 1 entre os países megadiversos), campeão mundial em água doce junto com o Canadá, detentor da maior floresta tropical do mundo (a floresta Amazônica), detentor da maior área de solos agricultáveis nos trópicos etc. Os cuidados com o meio ambiente no Brasil não podem, portanto, nivelar-se por baixo com aqueles de outros países que não possuem estas riquezas. Estas riquezas representam tanto responsabilidades como oportunidades.

O Brasil possui boa legislação e políticas ambientais e agrícolas e tanto o seu meio ambiente como sua agropecuária se beneficiam de sólida base científica (o Brasil é responsável por cerca de 10% da pesquisa científica mundial sobre agricultura tropical e por cerca de 10% da pesquisa científica mundial sobre biodiversidade e conservação, apesar de em média só contribuir com 2% da pesquisa científica mundial em todas as áreas da ciência). Aliás, biodiversidade, agropecuária e biotecnologia juntos têm alto potencial de agregação de valor à pauta de exportação brasileira e gerar empregos e renda!

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Apesar de parecer para os leigos que as políticas de agropecuária e de meio ambiente no Brasil estejam frequentemente em conflito, isso não procede – na sua maior parte essas políticas apoiam-se e beneficiam-se mutuamente. Destaque-se que as políticas e ações de conservação concentram seus esforços na região Amazônica enquanto que as políticas e ações da produção agropecuária concentram-se nos demais biomas brasileiros.

Mas não se pode fazer nada no setor agropecuário sem água, solos férteis, recursos genéticos, polinizadores, agentes de controle biológico de pragas e doenças, agentes biológicos responsáveis pela ciclagem de nutrientes nos solos, redução dos efeitos de eventos climáticos extremos (como secas e enchentes) promovidos pelas florestas e áreas úmidas. Por outro lado, não alcançaremos a conservação da biodiversidade e redução do aquecimento global sem a contribuição da agropecuária.

Faz sentido, portanto, que meio ambiente e agricultura trabalhem cada vez mais de forma sinérgica. Mas existem poucos exemplos de países que tratam destas duas agendas em um mesmo ministério – o Reino Unido sendo o principal exemplo. Mas comparar a complexidade e dimensão destas agendas no Brasil com a situação no Reino Unido, que me desculpem meus amigos britânicos, é totalmente inapropriado.

Considero que seria um grande erro fundir os ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura e Pecuária no novo governo especialmente porque a agenda ambiental é muito mais ampla que suas relações com a agropecuária. O Ministério do Meio Ambiente e seus cinco institutos vinculados (Ibama, ICMBio, SFB, JBRJ e ANA) atuam na interface com muitos setores além da agropecuária, incluindo saúde, energia, mineração, petróleo e gás, indústria, infraestrutura, transporte, saneamento e oceanos.

A inclusão da agenda ambiental dentro de um mesmo ministério para tratar da agenda agropecuária seria um grande dreno das energias e atenções que deveriam ser dedicadas à promoção da produção agropecuária e de igual modo a necessidade de atenção à agenda agropecuária limitaria grandemente a atenção que deveria ser dada à agenda ambiental.

Não consigo imaginar um ministro responsável pela política agropecuária no Brasil tendo que dedicar grande parte de seu tempo para cuidar de questões, emergências e desastres ambientais nos setores de saúde, energia, mineração, petróleo e gás, indústria, infraestrutura, transporte, saneamento e oceanos. Mesmo se for um super-herói, dificilmente este ministro será lembrado no futuro como um bom ministro, seja de Meio Ambiente seja de Agricultura!

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Certamente, ambas as agendas têm de ser aperfeiçoadas continuamente, mas o melhor caminho para promover tais aperfeiçoamentos certamente não seria a fusão das duas pastas e sim a promoção de políticas públicas melhores coordenadas e a priorização dos instrumentos de políticas públicas que necessitam revisão. A fusão das duas pastas num único ministério representaria um grave risco de retrocesso para duas agendas estratégicas nas quais o Brasil é reconhecido amplamente como campeão! Por que correr estes riscos? O custo certamente será maior que eventuais economias e benefícios.

*Braulio Ferreira de Souza Dias é professor adjunto de ecologia da Universidade de Brasília, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, ex-Secretário Executivo da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica, ex-Secretário Nacional de Biodiversidade e Florestas no Ministério do Meio Ambiente, vice-presidente do conselho da Bioversity International.

Suvinil e Elephant Parade levam elefantes para as ruas do Rio de Janeiro

Exposição chama atenção para risco de extinção dos elefantes.

Depois de passar por 26 cidades em 17 países, a Elephant Parade chegou às ruas da cidade do Rio de Janeiro ontem (1º/11). Com 66 estátuas customizadas por grandes artistas nacionais, esta será uma das maiores exposições de arte ao ar livre da história da cidade.

As esculturas, no tamanho real de um bebê elefante, ao final da exposição serão leiloadas e parte da quantia arrecadada será destinada a filantropia local, projetos de preservação dos elefantes e aos artistas participantes.

A participação da Suvinil na Elephant Parade faz parte do projeto Suvinil Além da Cor, que tem como objetivo apoiar iniciativas que tragam benefícios à sociedade, transformando por meio das cores a vida das pessoas que possuem uma relação com um espaço ou bem público.

“Por meio do projeto Suvinil Além da Cor, damos cor e vida ao transformar a relação das pessoas com diferentes ambientes, seja investindo em um museu, colorindo os muros das casas de uma comunidade, ou chamando a atenção das pessoas para uma causa social, como a da Elephant Parade”, comenta Rafael Conejo, gerente de Comunicação e Marca da Suvinil.

Entre as 66 estátuas que colorirão os principais pontos turísticos do Rio de Janeiro, oito são uma homenagem da Suvinil para a cidade maravilhosa. As obras Elephant in WonderLand (Rogério Fernandes), Que seja doce (Érica Morais), Steampunk (Ricardo Dantas), Fantástico (Renan Cristian), Suhki (Babi Wrobel), Jasmim Manga (Flow), Ô abre alas, que eu quero brincar (Levi Cintra) e Tributo a Van Gogh (Dionéia Israel Fraga), poderão ser visitadas nas seguintes localidades:

• Bondinho Pão de Açúcar – Av. Pasteur, 520 – Urca
• Av. Vieira Souto X Esquina com Farm de Amoedo – Ipanema
• BarraShopping – Av. das Américas , 4.666 – Barra da Tijuca
• Yndu Lounge – Av. do Pepê, s/nº – Barra da Tijuca
• Av. Atlântica, 1702 – próximo ao Belmond Copacabana Palace – Copacabana
• Praça Jornalista Mario Filho, s/nº (esquina com Rua Olegário Maciel) – Barra da Tijuca
• Praça Mauá nº1 – próximo ao AcquaRio – Centro
• Av. Lúcio Costa, nº 6849 (próximo ao Apha Barra) – Barra da Tijuca

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Cada uma delas conta uma história e retrata uma realidade. Pintadas por artistas convidados pela Suvinil, os elefantes estarão nas ruas até o dia 29 de novembro.

As outras obras estarão nos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro como o Pão de Açúcar, as Orlas da Zona Sul e Barra da Tijuca, o Centro Histórico, a Praça Mauá, o Parque Laje e o Jardim Botânico.

Elephant Parade
Data: de 1º a 29 de novembro
Acesse o site e descubra o mapa da manada

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Conheça a plataforma on-line com todo o histórico de intervenções promovidas pelo Suvinil: Além da Cor.

Tiffany & Co. apresenta nova coleção de joias Save the Wild

Desde o seu lançamento em 2017, a Tiffany continua com sua promessa de 100% de lucros e uma doação total de US$ 4 milhões em apoio à conservação da vida selvagem até janeiro de 2020

A Tiffany & Co. revela sua coleção Tiffany Save the Wild com novos modelos. A coleção expandiu para incluir leões e rinocerontes, além de elefantes, tudo em apoio à Wildlife Conservation Network e seus inovadores fundos de crise para salvar animais selvagens africanos ameaçados de extinção.

Como parte do compromisso contínuo da Tiffany com a sustentabilidade e conservação, 100% dos lucros da Coleção Tiffany Save the Wild apoiarão a proteção das respectivas espécies ameaçadas de extinção: o elefante, o rinoceronte e o leão. A Tiffany & Co. é particularmente dedicada ao bem-estar do continente africano, onde obtém muitos dos diamantes e pedras preciosas e operam oficinas de lapidação e polimento de diamante.

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Depois de lançar a coleção em 2017 como parte da campanha #KnotOnMyPlanet, a Tiffany já mais que dobrou seu compromisso original, com US$ 2 milhões arrecadados a partir de abril de 2018 para apoiar os melhores investimentos em redução da demanda de combate à caça, combate ao tráfico e marfim . Como resultado, o Fundo de Crise de Elefantes da Rede de Conservação da Vida Selvagem, junto com seus parceiros, fez lobby com sucesso pelo fechamento do comércio doméstico de marfim na China e em Hong Kong.

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A Tiffany se compromete ainda com uma doação mínima adicional de US$ 2 milhões até 31 de janeiro de 2020. Com esses novos encantos, a Tiffany continua seus esforços para aumentar a conscientização pública e contribuir com os recursos financeiros necessários para proteger a fauna ameaçada e seus ecossistemas ameaçados.

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“Por mais de 180 anos, a Tiffany & Co. tem se inspirado na beleza do mundo natural – por isso, acreditamos que temos um imperativo moral para protegê-lo”, disse Anisa Kamadoli Costa, diretora de sustentabilidade da Tiffany & Co. “ Por isso, estamos especialmente entusiasmados por poder dar o nosso apoio aos esforços de conservação da vida selvagem através do importante trabalho da Wildlife Conservation Network ”.

De proteção ao ecossistemas marinhos do mundo a realocação de rinocerontes negros para portos seguros em Botsuana, Tiffany tem sido uma defensora de longa data da conservação da vida selvagem em todo o mundo. Em colaboração com a Aliança de Tráfico de Animais Selvagens dos EUA em 2016, a marca juntou-se a uma coligação de 16 empresas que estão empenhadas em impedir a procura de produtos ilegais da vida selvagem.

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Desde a sua criação em 2000, a Tiffany & Co. Foundation concedeu mais de US$ 70 milhões em subsídios focados em esforços de conservação, incluindo conservação de corais e marinhos, e mineração responsável. A missão da Fundação de preservar as paisagens e marinhas mais valorizadas do mundo alinha-se perfeitamente com o compromisso complementar da Tiffany com a conservação.

Com a Save the Wild Collection, a Tiffany & Co. está criando novos financiamentos significativos através de suas vendas de produtos corporativos para criar um futuro positivo para espécies ameaçadas de extinção.

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“Com mais da metade da vida selvagem perdida nos últimos 50 anos e menos de 1% da filantropia para conservar o mundo natural, o planeta precisa da liderança criativa e insuperável da Tiffany & Co.”, disse Jeffrey Parrish, vice presidente de Conservação na Wildlife Conservation Network. “Estamos orgulhosos de garantir que 100% do apoio da Tiffany vá para as melhores ideias de qualquer instituição para salvar essas espécies”.

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Disponível em prata de lei e ouro rosa 18k, os mais novos encantos da Coleção Tiffany Save the Wild podem ser comprados nas lojas e online a partir deste mês. Uma edição especial do broche de diamante elefante estará disponível apenas na loja principal da Fifth Avenue.

Informações: Tiffany & Co.

Morumbi Town Shopping recebe exposição “Somos Todos Silvestres”

Campanha traz famosos pintados como animais silvestres para alertar sobre o risco de extinção das espécies

Vai ficar na cidade de São Paulo durante o feriado prolongado? Que tal conferir uma linda exposição fotográfica, gratuita? O Morumbi Town Shopping recebe uma exposição especial como forma de conscientização à proteção de animais silvestres.

A campanha “Somos Todos Silvestres”, em parceria com a ONG Ampara Silvestre, leva ao público informações sobre espécies ameaçadas de extinção a partir de fotografias que retratam artistas caracterizados como bichos da fauna brasileira.

Divulgação - Morumbi Town Shopping (2)

A campanha é estrelada por personalidades como Sophie Charlotte, Astrid Fontenelle, Luísa Sonza, Paloma Bernardi, Derrick Green, entre outras, que apoiam a causa animal e o trabalho desenvolvido há oito anos pela instituição. A ideia é chamar a atenção para as causas do extermínio da biodiversidade, que ameaça o equilíbrio do planeta. O objetivo é ajudar no salvamento de diversas espécies de animais.

Divulgação - Morumbi Town Shopping (4)
A apresentadora Astrid Fontenelle é o mico-leão-dourado

“É cada vez mais necessário pararmos para uma profunda reflexão sobre o que está acontecendo com a nossa natureza. Nosso objetivo é levar essa mensagem de conscientização ao nosso público, convidando a todos a pensar nos animais silvestres e na importância em cuidar e proteger nossas espécies mais raras”, comenta Gabriel Lima, Coordenador de Marketing do Morumbi Town Shopping.

A atriz Sophie Charlotte na pele de onça
A atriz Sophie Charlotte na pele de uma onça

A Ampara Silvestre visa salvar espécies ameaçadas apoiando projetos de reintrodução para equilíbrio da biodiversidade e também oferecer condições adequadas aos animais que estão condenados ao cativeiro. A exposição ficará no Morumbi Town Shopping até 21 de outubro.

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A atriz Paloma Bernardi de arara azul

“Somos Todos Silvestres”
Data: até 21 de outubro
Horário: horário de funcionamento do Shopping (de segunda a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 14h às 20h)
Local: Morumbi Town Shopping – 1º Piso
Endereço: Av. Giovanni Gronchi, 5930 – Vila Andrade, São Paulo/SP

Mostra: celebridades viram animais silvestres em prol da fauna brasileira

Sophie Charlotte, Paloma Bernardi, Luisa Sonza e Derrick Green estão entre as estrelas que participam da exposição fotográfica “Somos Todos Silvrestres”.

Em cartaz no Santana Parque Shopping a partir de 24 de agosto, a atração é uma parceria com a ONG Ampara Animal e faz um alerta para as espécies de animais brasileiros que estão ameaçadas de extinção.

A atriz Sophie Charlotte na pele de onça
A atriz Sophie Charlotte na pele de uma onça

O maquiador Alisson Rodrigues representou na pele de cada famoso um animal como por exemplo a arara azul, tartaruga marinha, onça pintada, macaco, iguana, pantera negra, coruja, mico-leão dourado entre outros.

“Somos um shopping totalmente a favor das causas animais. Apoiar esta mostra é fundamental para que os nossos clientes e visitantes se atentem para a triste realidade da nossa fauna”, explica o gerente de marketing Marcos Maltez.

As imagens, captadas pelo fotógrafo Jacques Dequeker, além de ser um material totalmente artístico, faz um apelo à reflexão do desequilíbrio que acomete nosso planeta.

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Exposição Somos Todos Silvestres
Período: de 24 de Agosto a 16 de setembro
Local: 2º Piso do Santana Parque Shopping
Endereço: Rua Conselheiro Moreira de Barros, 2780 – Santana – São Paulo – SP
Entrada gratuita
Mais informações: (11) 2238-3002 ou WhatsApp: (11) 94595-8270

Anda promove conferência sobre direitos dos animais

A Agência de Notícias de Direitos Animais (Anda), em parceria com a Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, irá promover a Conferência Presente e Futuro do Direito dos Animais. O evento, que faz parte das comemorações dos dez anos da Anda, contará com grandes nomes da área jurídica e será realizado nos dias 23 e 24 de agosto.

A data não foi aleatoriamente escolhida. A decisão de iniciar a conferência no dia 23 se deve ao fato de que nesta data é celebrado o Dia de Luta Contra a Injustiça, luta essa que deve ser também direcionada aos animais, que são diariamente injustiçados devido à crueldade e a exploração as quais são submetidos pelos humanos.

A conferência tem como objetivo fazer uma análise, por meio de debates, do histórico do direito animal e propor diretrizes e políticas públicas para o futuro. Serão realizadas palestras ministradas por membros do Ministério Público Federal e do Ministério Público do Estado de São Paulo, além de professores – dentre eles, a Marita Gimenez-Candela, docente responsável pela introdução do curso de Direito Animal, em 2006, na Universidade Autónoma de Barcelona, na Espanha, e membro fundador do Grupo Europeu de Estudos de Direito Animal (Egals). Após cada exposição dos palestrantes, haverá espaço para que o público presente faça perguntas.

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Dentre os palestrantes, está também o Procurador Regional da República de São Paulo Sérgio Monteiro Medeiros. Recentemente, Medeiros deu um parecer jurídico contrário à exportação de animais vivos (confira na íntegra clicando aqui). Medeiros afirma que a exportação de animais vivos viola a Constituição, a Lei n° 9.605/98 e Declaração Universal do Direitos dos Animais, da qual o Brasil é país signatário. “É um ato de crueldade e, portanto, deve ser proibida. Não é possível que condutas envolvendo indignidade e sofrimento de animais não humanos venham a ser justificadas, toleradas, ou até judicialmente suportadas, por razões de ordem estritamente comercial. O Brasil não merece ser apontado como inimigo da dignidade animal”, diz.

Além de Medeiros, professores doutores na área jurídica, promotores e grandes nomes da advocacia ambiental e do direito animal também irão palestrar durante a conferência, que contará ainda com o lançamento de livros. Ao final do dia 23, será lançado o livro “Abolicionismo Animal: Habeas Corpus for Great Apes”, do Pós-Doutor em Direito Heron Santana. Já no dia 24, o livro a ser lançado será o “Direito Animal e Ciências Criminais”, de diversos autores, dentre eles a advogada da Anda, Letícia Filpi, que é vice-presidente da Associação Brasileira das Advogadas e Advogados Animalistas e membro do Grupo de Estudos em Direito Animalista (Geda/USP).

A participação da Secretaria de Cultura na realização do evento se deve, segundo o secretário de Cultura, Romildo Campello, ao fato de que os temas relacionados aos direitos dos animais pertencem ao território cultural. “A cultura é elemento de ligação de pessoas, de objetivos comuns. É uma ferramenta poderosa e única em sua capacidade de sensibilizar, de mudar comportamentos e de ampliar visões de mundo. Por isso, a mudança de valores sobre a causa animal, passa e soma-se à cultura”, disse.

A fundadora da Anda, Silvana Andrade, explica que a decisão de promover a conferência tem relação com o fato da Anda ter ampliado a atuação na área jurídica com processos que são importantes para o avanço e o reconhecimento dos direitos animais. “Decidimos fazer o evento neste momento em que ações judiciais da ANDA são temas nacionais, como é o caso da exportação de animais vivos”, afirma Silvana, que diz ainda que o Brasil tem avançado e “vai avançar ainda mais em relação a essa questão do mundo judiciário”.

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Aberta ao público e com entrada franca, a conferência será realizada na sede da secretaria, na Rua Mauá, 51, no Centro de São Paulo. Os interessados em participar devem se inscrever pelo e-mail: comcultura@sp.gov.br

Programação
23/8

Manhã
8h30 – Welcome coffee
9h00 – Apresentação do evento pelo Secretário de Cultura do Estado de SP, Romildo Campello e pela fundadora e presidente da Anda, Silvana Andrade
9h10 – Posição do MPF sobre exportação de animais vivos – Procurador Regional da República Sergio Monteiro Medeiros
09h50 – perguntas
10h00 – Sacrifício ou sacralização? Debate sobre cultura e crueldade animal – Prof. Dr. Tagore Trajano de Almeida Silva
10h40 – perguntas
10h50 – A proteção constitucional aos animais no Brasil – Prof. Dr. Werner Grau Neto
11h30 – perguntas
11h40 – O avanço da legislação em defesa dos animais ao longo da história – Prof. Dr. Daniel Braga Lourenço
12h20 – perguntas
12h30– intervalo para almoço

Tarde
13h30 – O embarque de animais vivos sob a ótica abolicionista – Dra. Leticia Filpi – Advogada da Anda
14h10 – perguntas
14h20 – Transporte de animais vivos, um crime contra a humanidade – Juíza Dra. Rosana Navega – TJRJ
15h00 – perguntas
15h10 – Direitos dos Animais como meio viabilizador dos Direitos Humanos – Dr. Francisco José Garcia Figueiredo – Presidente da Comissão de Direito Animal da OAB-PB
15h50 – perguntas
16h00 – Vedação da crueldade nos julgados do STF – PhD Fernanda Luiza Fontoura de Medeiros
16h40 – perguntas
16h50 – intervalo
17h00 – Direito Animal e Controle de Constitucionalidade – Prof. Doutor Heron Gordilho Santana
17h40 – perguntas
17h50 – O efeito backlash da Emenda Constitucional 96/2017 e a inconstitucionalidade do parágrafo 7º do artigo 225 da CF – Juíza Ana Conceição Barbuda Sanches Guimarães Ferreira
18h30 – perguntas
18h40 – encerramento do dia
19h00 – Lançamento do livro de Heron Santana – Abolicionismo Animal: Habeas Corpus for Great Apes

24/08

MANHÃ
08h30 – Welcome coffee
9h00 – A perícia como instrumento de justiça animal – Alberto Soiti Yoshida – FMVZ – USP
09h40 – perguntas
9h50 – Perícia em casos de maus-tratos aos animais – Dr. Sérvio Tulio Reis – Polícia Federal
10h30 – perguntas
10h40 – A defesa legal do direito à maternidade no berçário da Baleia Franca Austral no Brasil – Dra. Renata Fortes, advogada animalista
11h20 – perguntas
11h 30 – Bases Dogmáticas para a Construção do Direito Animal no Brasil – Prof. Dr. Vicente de Paula Ataíde Junior
12h10 – perguntas
12h20 – intervalo para almoço

TARDE
14h00 – Atuação do MP em defesa dos animais – Promotor de Justiça Laerte Levai – MPSP
14h40 – perguntas
14h50 – A necessária especialização na defesa da fauna: a experiência exitosa do Ministério Público de Minas Gerais – Promotora de Justiça Dra. Luciana Imaculada de Paula – MPMG
15h30 – perguntas
15h40 – A personalidade jurídica dos Grandes Primatas – Prof. Dr. Alfredo Migliore
16h20 – perguntas
16h30 – Habeas corpus para além dos Humanos – Juiz de Direito de SP Sandro Cavalcanti Rollo
17h10 – perguntas
17h20 – Decisões paradigmáticas no Judiciário – MPSP – Juíza de Direito Patrícia Álvares
18h00 – perguntas
18h10 – A proteção dos animais silvestres: ameaça da caça e do tráfico – Promotora de Justiça Vania Tuglio – MPSP
18h50 – perguntas
19h00 – Encerramento
19h15 – Lançamento do livro de Leticia Filpi e outros autores – Direito Animal e Ciências Criminais

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Participantes

Alfredo Domingues Barbosa Migliore
Doutor e Mestre em Direito Civil pela Universidade de São Paulo. Pós-graduado em Direito Empresarial pela FGV. Professor da FGV Direito. Membro da Comissão de Bioética, Biotecnologia e Biodireito da OAB de São Paulo (2009-2011) e da Comissão de Direito à Vida e Biodireito (2011). Professor em diversos cursos de pós-graduação. Assistente de graduação da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo de 2003 a 2010. Professor Doutor em Direito Civil e Biodireito da FMU.

Werner Grau Neto
Doutor em Direito Tributário Ambiental (USP) e Mestre em Direito Internacional Ambiental (USP). Pós-graduado em Direito Ambiental pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. É professor convidado das seguintes instituições: FGV Direito, Escola Superior do Ministério Público, Escola Superior da Procuradoria do Estado de São Paulo, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) e do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). Foi presidente e vice-presidente do Conselho Consultivo da The Nature Conservancy no Brasil. É membro do Conselho Consultivo da FIESP, membro da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade e membro da Subcomissão de Mudança do Clima da OAB-SP. Coordena o Grupo de Trabalho de Defesa Animal e Saúde Pública do Instituto para o Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam). Autor de A Proteção Constitucional aos Animais no Brasil, entre outras obras e artigos publicados.

Fernanda Luiza Fontoura de Medeiros
Doutora e Pós-doutora em Direito pela UFSC. Estágio de Doutoramento na Faculdade de Direito de Coimbra (Portugal). Mestre em Direito pela PUCRS. Profª Adjunta da Faculdade de Direito da PUC-RS. Profª Permanente do Mestrado em Direito e Sociedade da Unilasalle. Presidente do Instituto Piracema – Direitos Fundamentais, Ambiente e Biotecnologias. Autora da obra Vedação de Crueldade nos Julgamentos do STF.

Daniel Braga Lourenço
Doutor em Direito pela Universidade Estácio de Sá (Unesa). Mestre em Direito pela Universidade Gama Filho (UGF). Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito da Faculdade de Guanambi (UniFG). Professor de Biomedicina e de Direito Ambiental da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e de Direito Ambiental da Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec). Professor convidado da FGV-Law Program (FGV) e da Pós-Graduação em Direito Ambiental Brasileiro da PUC-RJ Coordenador do Laboratório de Ética Ambiental/UFRJ-UFF e da Pós-Graduação em Direitos dos Animais das Faculdades Integradas Helio Alonso – Facha. Autor da obra Direitos dos Animais: Fundamentação e Novas Perspectivas. Possui diversos artigos publicados relacionados ao Direito Ambiental, à Ética Ambiental, Bioética e Direito dos Animais.

Sérvio Túlio Jacinto Reis
Doutor em Medicina Veterinária Legal pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Mestre em Perícias Criminais Ambientais pela Universidade Federal de Santa Catarina. Possui Especialização em Medicina Veterinária Legal. Graduado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa. Atualmente é Perito Criminal Federal (Polícia Federal). Tem experiência em Criminalística, notadamente na área de perícias de crimes ambientais contra a fauna. Fundador e Presidente da Associação Brasileira de Medicina Veterinária Legal. Fundador e Diretor da Associação Ibero-americana de Medicina e Ciências Veterinárias Forenses.

Laerte Fernando Levai
Promotor de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente – Gaema / Núcleo Paraíba do Sul. É especialista em Bioética e Mestre em Direito. Foi vice-presidente do Instituto Abolicionista Animal (IAA) e pesquisador do Laboratório de Estudos sobre a Intolerância (LEI/USP). Integra o Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, das Intolerâncias e dos Conflitos, ligado à FFLCH/USP. Membro do conselho editorial do periódico especializado Revista Brasileira de Direito Animal e da Editora Evolução, também integra o conselho deliberativo da revista eletrônica Pensata Animal. É articulista da Agência de Notícias sobre Direitos Animais (Anda). Autor do livro Direito dos Animais e dos capítulos referentes à fauna do Manual Prático da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente (Imprensa Oficial, 2005).

Sérgio Monteiro Medeiros
Mestre em Direito pela Universidade Federal da Paraíba e graduado em Direito pela Universidade Federal do Amazonas. Atualmente é Procurador Regional da República, membro do MPF, lotado na Procuradoria Regional da República da 3ª Região. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Público, atuando principalmente em Direito Tributário e na defesa de direitos difusos e coletivos.

Heron Gordilho
Pós-Doutor pela Pace University Law School, New York, onde é professor visitante e integra a diretoria do Brazilian-American Institute for Law and Environment (Baile). Doutor em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco. Mestre em Direito pela UFBA. Mestre em Ciências Sociais pela UFBA. Consultor Ad Hoc da Capes – Interdisciplinar e Direito. Professor Associado II das Faculdades de Direito da Universidade Federal da Bahia. Professor da Universidade Católica do Salvador. Coordenador do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da UFBA. Coordenador do Núcleo de Pesquisa em Direitos dos Animais, Meio Ambiente e Pós-Modernidade (Nipeda), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Direito da UFBA. Consultor Jurídico da International Union for the Conservation of Nature and Natural Resouces (IUCN). Membro fundador da Academia Latino Americana de Direito Ambiental (Alada). Fundador e ex-presidente do Instituto Abolicionista pelos Animais (IAA). Fundador, editor e coordenador da Revista Brasileira de Direito Animal. Presidente da Asociación Latinoamericana de Derecho Animal (ALDA). Membro do Conselho de Pesquisa e Extensão da UFBA. Membro da World Academy of Art & Science. Autor de diversos artigos jurídicos publicados em periódicos do Brasil e do exterior. Autor dos livros Responsabilidade Civil por Dano Moral ao Consumidor (DEL REY), Abolicionismo Animal (EVOLUÇÃO) e Direito Ambiental Pós-Moderno (JURUÁ), Animal Abolitionism: Habeas Corpus for Great Apes (EDUFBA). Professor convidado em diversas universidades estrangeiras: Pace University Law School (New York/EUA), Fordham University (New York/EUA), Williams College (Massachusetts/EUA), Universidad Autonoma de Barcelona (Barcelona/Espanha) e Faculté Aix-Marseille (Marseille/França), Faculté François Rebelais (Tours/França), Universidad Nacional de Corrientes (Correintes/ARG), Universidad Nacional de Cuyo (Mendoza/ARG). Membro do Ministério Público do Estado da Bahia, onde atua como Promotor de Justiça do Meio Ambiente na cidade do Salvador.

Rosana Navega Chaga
Pós-graduada em Direito Civil pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Juíza de Direito do Tribunal de Justiça do Estado do RJ. Titular do primeiro Jecrim (Juizado Especial Criminal) de Niterói/RJ. Ex-Defensora Pública do Estado do RJ. Parecerista voluntária da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB/RJ. Palestrante sobre temas do Direito Ambiental.

Luciana Imaculada de Paula
Mestre em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Especialista em Direito, Impacto e Recuperação Ambiental pela Fundação Gorceix (UFOP). Promotora de Justiça do Estado de Minas Gerais e Coordenadora Estadual de Defesa da Fauna do Ministério Público do Estado de Minas Gerais.

Francisco José Garcia Figueiredo
Mestre em Direito (UFPB). Presidente da Comissão de Direito Animal da OAB-PB. Coordenador do Núcleo de Extensão em Justiça Animal da UFPB. Mentor intelectual do Código de Direito e Bem-Estar Animal da Paraíba; Professor da disciplina Direito Animal da UFPB; Presidente da Comissão de Direito e Bem-Estar Animal da UFPB.

Vania Tuglio
Desde 2012, por designação do Excelentíssimo Senhor Procurador Geral da Justiça, atua no Gecap – Grupo Especial de Combate ao Parcelamento Irregular do Solo Urbano. Mestre em Direito Animal pela Universidade Autônoma de Barcelona. Diretora Acadêmica Sudeste da Escola Superior da Abrampa – Associação Brasileira do Ministério Público do Meio Ambiente. Por quatro anos atuou no Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente e Urbanismo e no Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais e Execuções Penais. Coordenadora do SUD-WEN, grupo que congrega membros do Ministério Público de todos os países da América do Sul, visando implementar os termos da Cites e, portanto, combater o crime de tráfico de espécies silvestres. Articulista da Anda – Agência de Notícias de Direitos Animais. Co-autora dos livros: Direito Ambiental no STJ – Editora Del Rey – 2010; Crimes Ambientais – Comentários à Lei 9.605/98 – Editora Livraria do Advogado – 2013; Manual de Atuação Criminal Especializada – Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público do Estado de São Paulo – 2014; Somos todos animais – Editora Nova Alexandria – 2014.

Ana Conceição Guimarães Ferreira
Doutora em Direito Público pela Universidade Federal da Bahia. Mestra em Novos Direitos pela Universidade Federal da Bahia. Mestra em Família na Sociedade Contemporânea pela Universidade Católica do Salvador. Pós-graduada em Direito Civil e Processo Civil da Faculdade Baiana de Direito. Pós-graduada em Relações Familiares e Contextos Sociais pela UCSAL. Pós-graduanda em Direito Canônico pala UCSal. Pós-graduada em Atividade Judicante pela EMAB/UFBA. Graduação em Direito pela Universidade Católica do Salvador em 1985. Graduação em Teologia pela Universidade Católica do Salvador, em 2010. Exerce desde o ano de 1990 o cargo de magistrada na Bahia. Desenvolve Atividade de Docência na Escola Nacional de Magistrados (Enfam) como Formadora e na Escola de Magistrados da Bahia (Emab) e Unicorp. Foi Juíza Auxiliar da Corregedoria Geral de Justiça do Estado da Bahia, responsável pelos Serviços Extrajudiciais e Juíza Assessora da vice-presidência do TJBA, responsável pela sessão de Recursos. Atualmente, exerce função judicante na 6ª Turma Recursal da Fazenda Pública em Salvador.

Sandro Cavalcanti Rollo
Juiz de Direito no Estado de São Paulo. Ex-promotor de Justiça do Estado do Tocantins. Ex-promotor de Justiça do Estado do Paraná. Mestre em processo penal pela PUC-SP. Conselheiro da Associação Juízes para a Democracia. Professor assistente da Escola Paulista da Magistratura. Coautor das seguintes obras: O projeto do novo Código de Processo Penal (2012); Magistratura Estadual. Questões Comentadas. Estratégias de Estudo (2013); Direitos Fundamentais das Pessoas em Situação de Rua (2014) (vencedor do prêmio Jabuti 2015); Temas Contemporâneos de Direito de Família (2015).

Vicente de Paula Ataíde Junior
Professor Adjunto do Departamento de Direito Civil e Processual Civil da UFPR. Professor da disciplina de Tutela Jurisdicional dos Animais da UFPR. Professor de Direito Animal da Faculdade de Pinhais-PR (FAPI). Doutor e Mestre em Direito pela UFPR. Membro da Comissão de Direito Socioambiental da Ajufe. Juiz Federal em Curitiba.

Tagore Trajano
Pós-doutor em Direito pela Pace Law School, New York/USA. Doutor e Mestre em Direito Público pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) com estágio sanduíche como Visiting Scholar na Michigan State University (MSU/USA). Professor Efetivo Adjunto “A” da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia. Professor Pleno I do Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade Tiradentes (Unit/SE). Professor do Programa de Pós-graduação da Universidade Católica de Salvador (UCSal/BA). Pesquisador Visitante da University ofScience and Technology of China (USTC/China). Professor Visitante da Pace Law School, Williams College e Lewis & Clark Law School. Ex-Presidente do Instituto Abolicionista pelos Animais. Professor da Pós-graduação lato sensu em Direito Ambiental da Universidade Federal da Bahia – Fundação Faculdade de Direito. Professor do II Posgrado Internacional sobre “Derechos de los Animales y Sociedad Ética del Siglo XXI – Facultad de Derecho – UNNE – Corrientes – Argentina. Membro do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão em Direitos dos Animais, Meio Ambiente e Pós-humanismo – Nipeda. Coordenador Regional do Brazil-American Institute for Law and Environment – Baile. Editor acadêmico do site do Mestrado em Direito e Sociedade da Universidade Autônoma de Barcelona/Espanha. Realiza projetos nas áreas de Direito Público, com ênfase em Direito Ambiental e Direito Animal, atuando principalmente nos seguintes temas: pós-humanismo, novas metodologias de ensino jurídico, direito comparado, bioética e sistema jurídico norte-americano. Coeditor da Revista Brasileira de Direito Animal (Salvador/BA – ISSN 1809909-2). Atualmente é Professor e Pesquisador visitante de Universidades estrangeiras, onde exerce coordenação de projetos acadêmicos. Ex-assessor da Procuradoria Cível e em projetos em Promotorias Ambientais no Ministério Público da Bahia (MPE/BA). Membro-fundador da Asociación Latinoamericana de Derecho Ambiental. Membro da Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil/Bahia. Advogado.

Alberto Soiti Yoshida
Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa (1992) e graduação em Direito pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo (2002). Mestrado em Patologia Experimental e Comparada pela Universidade de São Paulo (2013) e mestrado em Direito pela Universidade Metropolitana de Santos (2014). Atualmente é perito criminal do Instituto de Criminalística, atuando principalmente nos seguintes temas: Direito, Criminalística, Medicina Veterinária Legal, Animais e Medicina Legal. Professor contratado para a disciplina de Medicina Legal e doutorando em Medicina Veterinária na Universidade de São Paulo.

Renata Fortes
Formada em direito pela PUC/RS, mestre em direito público pela Unisinos. Atua desde 2004 na defesa jurídica de ecossistemas ameaçados e como advogada animalista representando ONGs como o Movimento Gaúcho de Defesa Animal, Associação Torrense de Proteção aos Animais, Sea Shepherd Brasil, entre outras. É coordenadora geral da ONG União pela Vida e diretora jurídica da Acapra – Associação Catarinense de Proteção aos Animais. Palestrante em encontros nacionais e internacionais sobre o tema direitos animais.

Corrupção Verde: aqui começa a prática criminosa que contaminou o país

Por Clóvis Borges e Caetano Fischer Ranzi*

A existência de um bem que possa ser usurpado de maneira ilícita, gerando lucro para quem busca vantagens fora de preceitos legais ou em detrimento de terceiros, representa a fórmula que garantiu uma exploração descontrolada sobre o patrimônio natural brasileiro ao longo dos últimos séculos.

A exploração sem limites do período em que éramos ligados a Portugal já aponta para a existência de uma cultura pragmática de busca pelo enriquecimento a qualquer custo. Com vistas, inclusive, a buscar o desfrute desses ganhos em outras paragens, muito distantes do Novo Mundo.

Os ciclos econômicos que se seguiram à época do descobrimento foram eminentemente extrativistas espoliativos. Tanto que o final desses ciclos, reiteradamente, deu-se pela exaustão desses produtos, ocasionada pela exploração desenfreada. Seguiram as práticas agrícolas e de pecuária, subsequentes à devastação da vegetação nativa. Sempre em busca do uso máximo do território, desrespeitando encostas, beiras de rios ou mesmo a existência de remanescentes naturais em alguma proporção nas regiões exploradas.

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A prática de troca de favores entre o privado e o público para obtenção de permissões para avanços exacerbados no uso da natureza foi, portanto, a maneira como uma significativa fração de nossa sociedade acumulou vantagens e enriqueceu indevidamente em nosso país. E, em boa parte, esse entendimento de ajustar acordos ilícitos para garantir vantagens continua em plena atividade.

O ciclo da madeira no sul do Brasil, ocorrido em décadas passadas, gerou um grupo de famílias abastadas que até hoje desfruta do resultado da empreitada destruidora que assumiu ser a maneira de desenvolver suas atividades, sempre com um aval conivente dos governantes. Mudam os negócios, pelo fim da madeira nativa, mas fica a origem dúbia e o péssimo exemplo de como esse processo de geração de riquezas foi executado.

Somente há poucas décadas, as leis ambientais começaram a ser estabelecidas em nosso país. E não foi a falta de inteligência e de qualidade que impediu a nossa passagem para uma condição mais iluminada. O exímio contexto estabelecido pelo Código Florestal de 1965 – talvez o maior marco de evolução na compreensão do interesse público sobre a propriedade privada – nunca obteve um entendimento pleno de parte da sociedade. Falou mais alto a garantia de impunidade e a expectativa de ganho maior, em detrimento do resto da sociedade.

O descompasso entre o que o Código Florestal preconizava e o arrebatador descompromisso leviano da sociedade rural em cumprir o que se estabeleceu como limite ao uso da terra, gerou o verdadeiro desmonte desse arcabouço legal , em 2012. E que foi vergonhosamente referendado pelo Supremo Tribunal Federal em 2018. O poder quase ilimitado de grupos setoriais, que avança na estruturação de uma legislação de conveniências, é uma das maiores e mais perversas demonstrações de corrupção que podemos oferecer nos dias atuais, contaminando todas as esferas de poder.

Portanto, a corrupção endêmica e amplamente espalhada em nosso meio, pode-se afirmar, começa com práticas ilícitas envolvendo a sina de destruição da natureza, com amplas e variadas modalidades. E continua muito ativa na forma de excessos conscientes e negociados em troca de vantagens. São atividades de mineração, silvicultura, pecuária, agricultura, implantação de indústrias e até ações envolvendo infinitas iniciativas mais pontuais.

Como uma farsa programada para não atender à sua missão primordial, delimita-se um complexo de estruturas frágeis e suscetíveis a todo o tipo de pressões, chamadas formalmente de órgãos ambientais. É de conhecimento amplo a prática de licenciamentos ilícitos, facilitados para o atendimento aos amigos do rei. Uma moeda de troca na forma de favores políticos e repasses de recursos sem procedência. Evidencia-se a garantia para campanhas eleitorais ou postos estratégicos em estruturas de governo para os elementos coniventes com o crime.

O desenvolvimento a qualquer custo, assim pontuado como uma forma de exploração que não atende ao respeito aos limites da natureza, ou mesmo aos preceitos estabelecidos em lei, é uma atividade intimamente ligada à corrupção. Gera resultados econômicos abusivos e imorais. E consolida um comportamento que, nos dias de hoje, todos percebemos, tomou conta da nação.

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Incorporamos na pele esse comportamento, na forma de uma cultura institucionalizada, crônica e patológica. De nada importa o prejuízo coletivizado, nem a perda irreversível de recursos que poderiam ser usados de maneira contínua. Agimos em apoio cego em prol da destruição da natureza por meio de ações sem nenhuma coerência estratégica, impostas a partir de atos inconsequentes e criminosos.

Somos hoje, de fato, uma sociedade de corruptos. Um povo que cultua um profundo e irresponsável descompromisso com o futuro de todas as gerações que nos seguirão logo mais, por tratar a natureza como um bem descartável e que é visto como simples forma de usura. Depois de tantas Marianas, o que ainda precisamos viver para que uma virada aconteça? Ou estamos diante de uma condição inexorável que assume a mediocridade como uma sina sem volta?

*Clóvis Borges é diretor-executivo da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza
*Caetano Fischer Ranzi é psicólogo e Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento

Nuxe patrocina o Louvre e seu projeto Proteja as Abelhas

A famosa marca farmacêutica francesa, reconhecida por seus cosméticos ultrassensoriais de origem natural, juntou forças com o maior museu do mundo para apoiar um projeto que reflete sua preocupação com o desenvolvimento sustentável: o Proteja as Abelhas.

Por muitos anos, Nuxe tem dado passos para proteger essa espécie, cada vez mais ameaçada. As abelhas representam um elo essencial para a manutenção da biodiversidade, graças ao seu trabalho de polinização. Seu desaparecimento acarretaria consequências dramáticas para o meio ambiente. Essa preocupação é compartilhada pelo Louvre, que possui 23 hectares de jardins que servem de céu verde no coração da capital francesa e como um refúgio para as abelhas.

Consequentemente, pela primeira vez, o Louvre abriu as portas do Jardin Raffet, a poucos passos da ponte Pont des Arts, para criar, desde maio de 2018 e com apoio da Nuxe, um campo de flores de 1.250 m² e seis colmeias para abelhas coletoras de pólen. Um apicultor será designado exclusivamente para este projeto. A primeira colheita de mel está prevista para ocorrer no verão de 2018.

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