Onçafari inicia crowdfunding para reintrodução de onça-parda na natureza

Campanha “The Wild to the Wild” começou em quatro de novembro e espera arrecadar R$ 100 mil

O Onçafari, criado para o estudo e conservação de onças-pintadas e lobos-guará, lançou, em 04/11, a campanha anual de crowdfunding. Nesta edição, a iniciativa, denominada “The Wild to the Wild”, busca levantar fundos, por meio de financiamento coletivo, para viabilizar a reintrodução na natureza da Cacau, primeira onça-parda sob os cuidados do projeto, no Pantanal. A expectativa é arrecadar R$ 100 mil, com doações que podem ser desde R$ 10,00 até R$ 25 mil, pela plataforma Kickante.

A reintrodução consiste em habilitar ou reabilitar animais para que possam voltar a viver totalmente integrados ao habitat a que pertencem. O Onçafari, por meio de sua frente Rewild (Reintrodução), desenvolvida em parceria com o Cenap/ICMBio, realiza esse trabalho desde 2014 em dois recintos destinados à reabilitação e soltura, localizados no Pantanal e na Amazônia. O processo pode durar menos ou mais de um ano, dependendo das especificidades de cada caso.

A iniciativa “The Wild to the Wild” busca levantar fundos para viabilizar a reintrodução na natureza da Cacau

“Essa é primeira onça-parda que recebemos para promover essa iniciativa de reintrodução e convidamos a todos a contribuir para tornar esse trabalho possível e devolver a Cacau à natureza. É possível doar entre R$ 10,00 e R$ 25 mil, sendo que os valores geram recompensas. Entre elas, calendários, patrocinados pela Land Rover, que contam a trajetória da Cacau e outras histórias de sucesso do Onçafari na reintrodução de animais ao seu habitat natural; máscaras de proteção, com uma estampa exclusiva para o Onçafari, desenvolvida por Flavia Carvalho Pinto; e até mesmo uma viagem de três dias ao Refúgio Ecológico Caiman, no Pantanal, onde está localizada a base do Onçafari na região”, comenta Mario Haberfeld, fundador do projeto.

O Onçafari trabalha com a reintrodução de grandes felinos desde 2014. O primeiro caso de sucesso foi o das irmãs Isa e Fera, onças-pintadas que perderam a mãe ainda filhotes e foram reintroduzidas no Pantanal. Em 2016, o projeto recebeu, na Amazônia, as irmãs Pandora e Vivara com poucos dias de vida. Após o trabalho desenvolvido com os animais, aconteceu a soltura na natureza. Em 2019, o Jatobazinho foi recebido pelo Onçafari e no momento passa pelo processo de reintrodução na Argentina, para ser o primeiro macho a ser solto na região de Esteros del Iberá.

“Agora, em 2020, estamos com a Cacau, nossa primeira onça-parda, com a qual vamos promover iniciativas de observação comportamental e treinamento para a caça, e prevemos que se integrará tranquilamente ao Pantanal após o processo”, destaca Haberfeld.

Quem é a Cacau?

A Cacau é uma onça-parda de cinco anos, que chegou ao Onçafari em setembro, pesa 36 kg, é especialista em subir em árvores. Arisca e independente – essas são suas características primárias, o que tornou possível trazê-la para o recinto de reintrodução do Onçafari. Isso acontece pois, além de todos os recursos tanto espaciais como financeiros, é preciso que o animal em questão não esteja apegado a comportamentos mais humanos para passar pelo processo de reintrodução – como no caso de onças que procuram carinho das pessoas, por exemplo.

Como a Cacau não demonstrou esse tipo de comportamento quando a equipe do Onçafari a conheceu no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), a onça-parda foi trazida ao projeto para reabilitação biológica e comportamental para se integrar ao Pantanal depois de viver toda a vida em um espaço de poucos metros quadrados. “Todas as espécies do planeta têm direito à vida. Reintroduzir a Cacau na natureza, de onde nunca deveria ter saído, é dar a ela a chance de finalmente vi
ver em liberdade”, ressalta Lilian Rampin, bióloga e coordenadora geral do Onçafari.

Conheça o passo a passo da reintrodução
• São avaliados a saúde e o comportamento dos animais e verificado se há condição de reintroduzi-los com sucesso à vida selvagem.
• Os animais são inseridos em uma área de semicativeiro, com as mesmas características do habitat natural, para que possam aprender a caçar e interagir com o ambiente como qualquer animal selvagem. Trata-se de um espaço onde podem ser observados, compreendidos e avaliados constantemente pelos coordenadores do projeto.
• Se considerados aptos para serem reintroduzidos na natureza, os animais são equipados com rádio-colares dotados de GPS para o monitoramento após a soltura, e reintroduzidos no habitat natural.
• O Onçafari monitora as onças para avaliar se estão conseguindo lidar com os desafios na natureza e, se necessário, há um novo resgate.

A reintrodução consiste em habilitar ou reabilitar animais para que possam voltar a viver totalmente integrados ao habitat a que pertencem

Vamos contribuir?

A expectativa é chegar a R$ 100 mil e os interessados podem doar a partir de R$ 10,00 clicando aqui.

Sobre o Onçafari

O Onçafari atua no Pantanal, Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica com o objetivo de promover a conservação do meio ambiente e contribuir com o desenvolvimento socioeconômico das regiões em que está inserido por meio do ecoturismo e de estudos científicos. O projeto é focado na preservação da biodiversidade em diversos biomas brasileiros, com ênfase em onças-pintadas e lobos-guarás.

Campanhas de inverno começam a movimentar vaquinhas na Internet

· ONG´s e grupos de apoio buscam doações para poder proteger moradores de rua e animais do frio
· Arrecadações virtuais são oportunidade para qualquer pessoa ajudar a diminuir o sofrimento e até salvar vidas
· Para escolher qual campanha ajudar, basta fazer uma busca com as palavras “frio” ou “inverno” no site Vakinha

Com a proximidade inverno, começam a surgir na internet vaquinhas virtuais que visam arrecadar dinheiro para poder ajudar a proteger cidadãos em situação de rua e animais do frio, que além de aumentar o sofrimento também é a causa de muitas mortes.

No site Vakinha, maior plataforma do país de vaquinhas online, ONG´s e grupos de apoio de várias cidades buscam recursos para comprar desde água e cobertores até luvas e kits de higiene para populações de rua.

“Essa é uma grande oportunidade de ajudar a quem ajuda, viabilizando ações de solidariedade capazes de salvar vidas e ainda poder acompanhar a chegada da doação ao seu destino por meio das redes sociais”, explica Cristiano Meditsh, diretor de marketing do Vakinha.

É o caso da Organização Bem da Madrugada, de São Paulo, que se define como uma ação social, dividida em equipes responsáveis por alimentos, bebidas, roupas, sapatos, higiene pessoal e rações para animais, destinadas a atender a população em situação de rua. Em sua campanha no Vakinha, o valor arrecadado será totalmente usado para a compra de água e cobertores a serem distribuídos nas ações de inverno.

Também para ajudar moradores de rua de São Paulo, o grupo Anjos da Leste, busca doações para a compra de itens como luvas, meias e kits de higiene. E a vaquinha do Família do Bem visa doar cobertor, casaco e um kit higiene a 250 pessoas atendidas pelo projeto no centro da capital paulista.

Moradores de rua também são o foco da campanha “São Sebá sem frio”, que pretende arrecadar dinheiro para comprar cobertores e alimentos para os moradores de rua de São Sebastião, no litoral de São Paulo, que se compromete a divulgar e comprovar todo a compra e entrega de todo o material.

Morte de animais por frio

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BarkPost

Para ajudar animais, a campanha da ONG AuMigos pede doações para comprar cobertores para mais de 250 animais, que se encontram à espera de adoção em 120 canis localizados em Juquitiba, cidade do interior do Estado de São Paulo, conhecida por temperaturas muito baixas no inverno. Em sua página da campanha, a ONG explica que o objetivo é evitar que o frio mate os animais, algo que infelizmente já aconteceu.

Agasalhos novos para crianças

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Com o título “inverno mais quentinho”, a vaquinha criada por Rossana Bruksch, de Porto Alegre (RS), pretende fazer agasalhos para crianças carentes. Segundo a criadora da campanha, essas peças são as menos doadas. “Estou aprendendo a costurar com o objetivo principal de fazer roupas de criança para doação (…). Gostaria de poder contar com a sua colaboração para confeccioná-las”, explica Rossana, que colocou a foto de um conjuntinho de blusa e calça feitos por ela, em malha colegial ao custo de R$ 35,00 de material.

Conheça as campanhas (clique sobre o nome):

Organização Bem da Madrugada

Anjos da Leste

Família do Bem

São Sebá sem frio

Aumigos

Inverno mais quentinho

Outras vaquinhas de inverno também podem ser encontradas clicando aqui.

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Sobre o Vakinha

Criado em 2009 por empreendedores gaúchos, o Vakinha é o primeiro site de arrecadações online do país, inaugurando o sistema de crowdfunding, que só despontou no exterior meses depois. Ao longo de uma década se tornou líder no segmento de campanhas ligadas a solidariedade e causas sociais. Hoje ele é um diário de histórias contadas por milhares de pessoas que se juntam para salvar vidas e transformar sonhos em realidade.