No envelhecimento de cães e gatos, a alimentação faz total diferença na prevenção e no tratamento das doença renais crônicas

Rosandra Colpani, especialista veterinária da Hill’s, destaca a nutrição como ponto-chave na preservação e tratamento da saúde renal dos pets

Envelhecer é tão difícil para o ser humano quanto para o seu pet. Essa jornada natural da vida dos seres vivos tem como consequência várias alterações metabólicas, funcionais e físicas do cérebro. E tem impacto no processo relacionado ao bem-estar e à saúde dos animais. Em um artigo publicado na Semantic Scholar, estima-se que 1 em cada 3 gatos e 1 em cada 10 cães têm probabilidade de desenvolver doença renal durante a vida.

Segundo a especialista em veterinária Rosandra Colpani, da Hill’s Pet Nutrition, as doenças mais comuns nesta fase são problemas de visão, como catarata e glaucoma; problemas orais, como tártaro e gengivite, sendo animais de porte pequeno mais propensos a desenvolver tais alterações. “Outras enfermidades, como artrite, câncer, doenças gastrointestinais e doença renal crônica, são frequentes em animais idosos”, explica a veterinária.

Para melhorar a qualidade e expectativa de vida dos cães e gatos nesta fase, Rosandra dá algumas dicas importantes. “Comece por oferecer um alimento de alta qualidade, feito especificamente para as suas necessidades de saúde, a fase do envelhecimento pode ser bastante desafiadora para os pets, suas demandas nutricionais, como de vitaminas e minerais são diferentes, assim como a digestão e absorção de nutrientes, o alimento específico para idoso, vai garantir que todos esses requisitos especiais, sejam atendidos”. 

A veterinária explica que também é importante mantê-los física e mentalmente ativos, então estimular exercícios diários é essencial, claro, sempre respeitando o limite de seu companheiro. Além disso, não podemos esquecer dos check-ups, que agora devem ser feitos com mais frequência, geralmente recomendado visita ao médico-veterinário a cada seis meses. Assim conseguimos garantir que seu animal idoso vai ter todo acompanhamento necessário em uma fase tão importante de sua vida.

Doenças Renais Crônicas

Geralmente as doenças que acometem animais idosos estão mais relacionadas a quadros crônicos, ou seja, enfermidades com caráter progressivo e na maioria das vezes irreversíveis, como a doença renal crônica. Diferente de animais jovens, onde o organismo ainda não sofreu tanto com o processo de oxidação celular, as doenças tendem a ser mais agudas, como quadros infecciosos e alérgicos.

Rosandra esclarece que a nutrição é um dos pontos-chaves, tanto para preservação da saúde renal, quanto para o tratamento. “Uma dieta balanceada e de boa qualidade irá assegurar o bom aproveitamento dos nutrientes e a saúde do animal”. A veterinária explica que o manejo nutricional é imprescindível, pois a alimentação adequada é a única terapia demonstrada que melhora a qualidade de vida desses pacientes. “Gatos com doença renal consumindo o alimento coadjuvante específico tiveram menos episódios urêmicos  e menor número de mortes relacionadas à doença (26% e 21%, respectivamente)”. 

Ilustração mostra os rins (kidneys), uréteres (ureters), uretra (urethra) e bexiga (bladder) do gato / UVH

Um alimento destinado a doentes renais possui formulação específica. Ele visa o controle de fósforo, proteína de alta digestibilidade e com altos níveis de aminoácidos essenciais, tendo como principal objetivo a proteção da função renal, diminuição da progressão da doença renal crônica, além de manutenção de massa muscular e condição corporal. Além disso, há adição de ácidos graxos ômega-3, provenientes de óleo de peixe que auxilia no controle do processo inflamatório.

Hill’s Prescription Diet K/D

A Hill’s é pioneira em alimentos da linha veterinária no mundo, e está relançando a linha Hill’s Prescription Diet K/D tanto para cães quanto para gatos, além de todos os benefícios já conhecidos e comprovados, agora conta com a tecnologia ActivBiome+ Kidney Defense, que funciona através do microbioma intestinal para ajudar a proteger a função renal.  “Sabemos que existe comunicação entre os rins e o microbioma intestinal, e que a doença renal crônica está associada à disbiose, que é a alteração no microbioma ou nos metabólitos produzidos pelas bactérias intestinais, ou ambos”, explica Rosandra. Para a veterinária, tais alterações podem levar à produção de toxinas urêmicas pelas bactérias intestinais. Estas toxinas urêmicas podem prejudicar os rins e contribuir para a progressão da doença renal crônica.

Além disso, os alimentos k/d possuem a tecnologia de aumento de apetite, chamada de tecnologia E.A.T,  que foi desenvolvida de forma a atender as preferências dos animais com doença renal crônica, por meio da identificação de aromas-chave e sabores que estimulam a ingestão alimentar.

Fonte: Hill’s Pet Nutrition

Como a nutrição auxilia no combate à disfunção cognitiva dos pets?

Nutrientes com ações antioxidantes e neuroprotetoras são essenciais durante toda a vida do animal, mas a importância deles aumenta para os pets idosos

Com o aumento da expectativa de vida dos cães e gatos domésticos, alguns fatores passaram a ser mais bem estudados e reconhecidos durante os últimos anos. Assim como a saúde física dos pets tende a ficar mais frágil em decorrência da idade e precisa de mais atenção, a saúde cognitiva dos nossos animais de estimação também precisa de cuidados.

“É muito comum a gente observar comportamentos diferentes nos pets mais velhinhos e atribuir à idade, e é isso mesmo! Com o passar do tempo o cérebro também sofre algumas alterações na sua estrutura e no seu funcionamento, que na maioria das vezes são progressivas e irreversíveis. Para este processo, damos o nome de disfunção cognitiva”, conta Pamela Meneghesso, médica-veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal.

Milesz/Pixabay

A disfunção cognitiva citada por Pamela é uma síndrome comportamental, onde o animal passa a apresentar déficit de aprendizado, piora na percepção de espaço, alteração no padrão sono/vigília, perda de memória e dificuldade de interagir com outros animais e pessoas. Alguns dos pets que apresentam disfunção cognitiva também passam a fazer as necessidades fisiológicas em locais impróprios e a vocalizar (chorar, miar, latir) mais.

A doença acontece devido a diversos fatores como estresse oxidativo, aumento de depósito da substância β-amilóide no cérebro, redução na produção de neurotransmissores, entre outros. O diagnóstico para o quadro de disfunção cognitiva pode demandar diversos exames para descartar outras patologias, e a utilização de um questionário avaliativo, que ajuda na detecção precoce e no acompanhamento das mudanças comportamentais ao longo do tempo.

“A disfunção cognitiva não tem cura, mas os sinais clínicos podem ser reduzidos com o tratamento apropriado, que inclui medicação, enriquecimento ambiental e uma dieta rica em nutrientes com função neuroprotetora e antioxidante”, elucida. “Vale lembrar que a nutrição tem um peso importantíssimo em todas as fases da vida do pet, e que também pode auxiliar na prevenção de doenças que tendem a aparecer quando estes animais estão mais velhos, como diabetes e hipercolesterolemia. Fornecer os nutrientes adequados é olhar para a saúde do pet como um todo, começando de dentro pra fora”.

Uma nutrição adequada para os animais de estimação é formulada com nutrientes essenciais que são capazes de retardar a progressão de doenças degenerativas ou mesmo impedir o seu início, proporcionando uma melhor qualidade de vida aos pets e, quando possível, aumentando a sua expectativa de vida.

“O fornecimento de ácidos graxos essenciais na dieta, como o Ômega-3, tem ação anti-inflamatória no organismo, auxilia na absorção de outros nutrientes importantes para o desenvolvimento e fortalecimento dos órgãos e tecidos, e é uma fonte de DHA, que melhora o desenvolvimento do cérebro e protege a função neurológica”, Pamela explica.

Além de uma dieta rica em Ômega-3, os pets sêniores se beneficiam com o aporte de Vitaminas C e E, que agem como potentes antioxidantes, e Vitaminas do complexo B, que restauram e fortalecem a síntese de importantes neurotransmissores. Frutas e vegetais ricos em flavonoides, carotenoides e outros antioxidantes também auxiliam na proteção cerebral e redução dos sintomas da disfunção cognitiva nos pets.

“O envelhecimento não é uma doença, mas uma consequência natural do tempo na vida de cada animal. Uma boa nutrição de acordo com a necessidade de cada fase de vida do pet, em conjunto com todos os cuidados veterinários que eles demandam, permite que eles tenham uma vida mais longa, feliz e saudável”, finaliza.

Fonte: Avert Saúde Animal

Veterinários dão dicas de como cuidar dos gatos idosos

Um especialista em saúde de animais de estimação, Drew Weigner, responde sobre como manter um gato saudável à medida que envelhece: “Os gatos tendem a envelhecer com mais elegância do que os cães, mas com o passar dos anos, eles não conseguem mais pular para o topo da geladeira. Seus apetites diminuem. Eles dormem mais”.

Marty Becker, veterinária do North Idaho Animal Hospital em Sandpoint, Idaho, nos Estados Unidos, tem este conselho para ajudar os gatos a envelhecerem bem: “Agende visitas de ‘bem-estar’ semestrais ao veterinário. Há um período de carência para muitas doenças: se você pegar alguma logo no início, geralmente é mais barato e o tratamento tem muito mais sucesso. Testes de rotina podem ser feitos, como exames de sangue ou urinálise, para detectar os primeiros sinais de problemas de saúde.

Torne os locais favoritos fáceis de alcançar. Dê ao gato rampas ou degraus para que possa chegar à janela para observar pássaros, por exemplo. Compre uma caixa de areia com lados mais curtos, pois uma alta pode ser difícil para o bichano entrar e sair.

Aproxime seu gato de seu peso corporal ideal. Ele também pode precisar de uma dieta especial para tratar problemas de saúde específicos, como rins ou para fígado. Pergunte ao veterinário.

Torne o sono e a alimentação atraentes. Dê a ele uma cama mais macia. Aqueça a comida para liberar os aromas. As fontes para gatos os incentivam a beber, o que pode ser um grande problema para os gatos mais velhos.

Fonte: WebMD