Seu pet vai passar por uma cirurgia? Saiba o que fazer durante esta fase

Médica-veterinária lista os cuidados pós-operatórios indicados para a plena recuperação do animal

Cada vez mais os tutores investem nos cuidados com a saúde dos pets. Com isso é possível observar um aumento na demanda de procedimentos cirúrgicos em cães e gatos. Isso se deve não apenas à maior conscientização dos tutores, mas também aos avanços da medicina veterinária.

Quando falamos da cirurgia em animais, estamos abordando um tema amplo. Afinal, há muitos tipos de operações. Seja uma cirurgia de castração, um procedimento odontológico ou uma intervenção mais complexa, um fato é consenso, quando os amigos peludos passam por um procedimento veterinário, é natural que seus tutores queiram garantir o melhor cuidado possível.

Assim como os humanos, os animais precisam de atenção especial e cuidados específicos pós-operatórios para sua recuperação. A médica-veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal, Pamela Meneghesso reuniu alguns cuidados essenciais para essa fase:

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Siga as orientações do veterinário: antes e após a cirurgia tire dúvidas e siga atentamente as orientações do médico veterinário responsável pelo procedimento. Após o processo, o uso de anti-inflamatórios, analgésicos e antibacterianos pode ser recomendado para administração em casa. O tutor deve ler atentamente a receita e certificar-se de administrar todos os medicamentos conforme as instruções.

Monitore a evolução do pet: o tutor deve acompanhar o comportamento do pet. É comum que nas primeiras horas ele fique mais sonolento e menos ativo. Mas, se o animal apresentar sinais, como sangramento excessivo, inchaço, vermelhidão, secreção anormal, dificuldade para respirar ou comer, vômitos persistentes, entre outros, é importante entrar em contato imediatamente com o veterinário.

Controle o nível de atividade do pet: é natural que o animal não entenda que precisa evitar realizar certas atividades, como correr, subir no sofá ou brincar com outros pets. Desta forma, o tutor precisa preparar um espaço confortável e seguro para recuperação. Fornecer uma cama macia e aconchegante em um local calmo da casa, longe de ruídos e movimentações intensas, ajudará o animal a se sentir seguro e relaxado durante o período e evitará que ele faça movimentos bruscos que podem romper os pontos

Mantenha uma alimentação e hidratação adequadas: manter uma dieta balanceada e equilibrada durante o processo de recuperação é fundamental. Se o veterinário recomendar uma dieta específica ou restrições alimentares, é importante seguir as orientações rigorosamente. Em alguns casos, pode ser necessário oferecer alimentos mais macios ou em pedaços menores para facilitar a ingestão, especialmente se a cirurgia envolver a boca ou o sistema digestivo. A ingestão de água também deve ficar no radar dos tutores, o animal deve se manter hidratado, bem como realizar suas necessidades fisiológicas como de costume.

Atenção ao manejo da ferida cirúrgica: deve-se seguir as instruções do veterinário para realizar o manejo da ferida cirúrgica com curativo e higienização diários. Durante a troca do curativo é recomendada a lavagem da área com solução fisiológica e gaze estéril, sendo muito importante secar a ferida após a lavagem. O uso de curativo pós-cirúrgico desenvolvido para pets também é indicado por proporcionar rapidez, eficiência e segurança no processo de cicatrização, além de proteger a ferida. No mercado é possível encontrar uma tecnologia com maior absorção de exsudatos (secreções)que auxilia a prevenir infecções, produzida com fibras de celulose virgem natural, sem adição de produtos químicos e géis absorventes, além de contar com uma barreira SMS (Spunbond-Meltblown-Spunbond) que além de ser hidrofóbica impede que patógenos entrem em contato com o ferimento.

Esteja presente: durante o período de recuperação, o animal pode se sentir vulnerável e ansioso. Oferecer muito carinho e atenção ajudará a ele a se sentir confortável e seguro. A presença do tutor também é um fator que auxilia na recuperação do animal, além de ajudar a fortalecer o vínculo entre eles.

Fonte: Avert Saúde Animal

Saúde renal dos felinos: É preciso estar atento!

Um, a cada três gatos, irá desenvolver algum problema renal ao longo da vida

Assim como para os humanos, os rins desempenham um papel fundamental para a saúde dos gatos. O órgão é responsável por filtrar resíduos do sangue, removendo toxinas e produtos metabólicos indesejados, garantindo a manutenção de organismo saudável.

Além disso, os rins são essenciais para o equilíbrio de líquidos e eletrólitos, controlando a hidratação do corpo e mantendo os níveis adequados de substâncias como sódio, potássio e cálcio. Eles também desempenham um papel na regulação da pressão arterial, na produção de hormônios essenciais, como a eritropoietina, que estimula a produção de glóbulos vermelhos, e na acidificação da urina, importante para a saúde do trato urinário dos felinos.

Mas, você sabia que os gatos podem ser mais propensos ao desenvolvimento de problemas nos rins? Estudos indicam que um, a cada três gatos, irá desenvolver algum problema renal ao longo da vida. Por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para manutenção da saúde dos gatos.

“Uma combinação de fatores intrínsecos a fisiologia e comportamento dos felinos o torna mais suscetíveis aos problemas renais. O tipo de dieta e o hábito do animal de consumir pouca água, por exemplo, podem predispor à formação de cristais na urina e à desidratação, aumentando o risco de doenças renais. Além disso, as enfermidades do trato urinário inferior, como cistite idiopática felina e obstruções urinárias, também são frequentes e podem afetar negativamente a função renal do pet, especialmente dos idosos”, explica Pamela Meneghesso, médica-veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal.

Com origem multifatorial e silenciosa, as patologias renais muitas vezes só são diagnosticadas quando os sinais clínicos são mais evidentes, com animal apresentando sintomas como vômito, anorexia e perda de peso. Portanto, é fundamental que o tutor realize check-ups periódicos e ao notar qualquer mudança no comportamento do pet busque a orientação do médico veterinário.

Além disso, manter a hidratação adequada do pet ajuda a proteger os rins, além de facilitar a distribuição adequada de nutrientes para todo o organismo, sendo essencial para a saúde geral dos felinos.

Assim como em outras doenças, a prevenção é sempre a melhor estratégia para assegurar o bem-estar do pet. Por isso, a profissional listou seis dicas para ajudar os tutores nos cuidados com a saúde renal dos gatos:

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Tenha mais de um pote de água: gatos precisam de estímulos para se manterem hidratados. Disponibilizar vários potes de água em locais diferentes da casa é uma estratégia para incentivar a hidratação adequada

Fontes podem ser uma alternativa: alguns gatos gostam de tomar água em movimento. Neste caso, as fontes de água são opções atrativas.

Adicione uma alimentação úmida na rotina do pet: sachês e patês específicos para gatos tem mais água em sua composição se comparados à ração seca, contribuindo assim com a hidratação do felino. Além disso, a palatabilidade do item é atrativa para o pet.

Faça um “sorvete pet”: essa é uma alternativa para os dias mais quentes. Basta colocar o sachê do felino em forminhas de gelo, congelar e depois oferecer ao pet. Assim, o gato terá um item diferente para se distrair e brincar enquanto se hidrata.

playful Cat

Mantenha o pet ativo: atividade física contribui com a manutenção do peso e da saúde geral do pet. Os gatos precisam de estímulo para se exercitar, itens que estimulam a caçar como bolinhas ou varinhas, por exemplo, são ótimas opções.

Atenção a nutrição: é importante que o gato tenha uma nutrição balanceada para manter o bom funcionamento do organismo. Os suplementos alimentares que possam auxiliar no fornecimento adequado de ômega-3, através de óleo de peixe, aminoácidos, vitaminas e minerais também são aliados importantes para o cuidado renal.

Fonte: Avert Saúde Animal

É possível melhorar a imunidade dos pets com uma boa nutrição

A longevidade dos pets é o desejo de todos os tutores, mas para que isso seja alcançado é importante cuidar da imunidade destes animais, e as betaglucanas podem ajudar

Um organismo capaz de responder de maneira adequada à alguma agressão externa e agente infeccioso (vírus, bactéria, fungos e ácaros) é o que desejamos para os pets, para que eles possam ter mais tempo e qualidade de vida. Com o avanço da idade, porém, é fácil observar que essa resistência natural do organismo tende a decair, deixando o pet mais vulnerável.

“Sempre que o organismo percebe que existe um invasor, ele promove uma reação, enviando um conjunto de células como se fossem pequenos soldadinhos para combater e proteger o corpo daquela ameaça. É comum e esperado que os pets mais velhos tenham um sistema imunológico mais frágil, faz parte do envelhecimento. Mas existem vários fatores que também influenciam na queda de imunidade de animais de todas as idades, e o tutor precisa estar atento a eles”, comenta Pamela Meneghesso, médica-veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal.

Algumas situações do dia a dia, como mudanças na alimentação, alterações na rotina, inserção de um novo membro da família ou ausência prolongada de um ente querido (mudanças ou falecimento), podem contribuir para elevar os níveis de estresse dos pets, o que influencia de maneira direta na queda da imunidade.

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Os sintomas mais comuns de imunidade baixa é a apatia e a falta de apetite, mas são pouco perceptíveis. “O maior alerta sobre a imunidade baixa surge quando o pet passa a ficar doente com uma frequência elevada, especialmente doenças gastrointestinais ou dermatológicas recorrentes. Neste caso, é importante passar em consulta com um médico-veterinário e realizar exames para saber como está a imunidade do pet e traçar estratégias para melhorar isso”, Pamela explica.

Como fortalecer a imunidade dos animais de estimação?

Alguns cuidados básicos ajudam a manter o sistema imunológico do pet em dia, além de colaborar para o bem-estar físico e psicológico dos peludos:

Vacinas: a vacinação é importante durante toda a vida do animal e é responsável por “ensinar” da forma mais segura e prática as células de defesa do organismo a combater os organismos prejudiciais ou invasores. Manter as vacinas em dia é essencial para que o sistema imunológico do pet esteja sempre alerta e preparado para combater os agentes infecciosos.

Foto: CatsLovetoKnow

Vermifugação: animais com verminose podem apresentar diferentes problemas de saúde relacionados aos vermes, como lesões na mucosa intestinal (que servem de porta de entrada para infecções sistêmicas), deficiências nutricionais e anemia. Vermifugar o pet conforme o indicado pelo médico-veterinário ajuda a prevenir estes problemas, auxiliando na manutenção da imunidade.

Caminhadas e exercícios: além de ajudar na prevenção de sobrepeso e obesidade, caminhadas frequentes e exercícios com o pet estimulam o cérebro do animal e ajudam na produção dos hormônios de felicidade e bem-estar, diminuindo ativamente o estresse e fortalecendo o sistema imunológico.

Foto: CatSter

Nutrição balanceada: nutrição balanceada é uma grande aliada dos pets na saúde e na longevidade. Apostar em rações bem elaboradas, alimentos nutracêuticos e suplementos naturais auxiliam na saúde como um todo e podem dar uma forcinha a mais para manter o sistema imunológico forte.

“Uma nutrição adequada é importante durante toda a vida do pet, mas precisa de uma maior atenção nas fases de filhote e nos animais idosos. A área tem sido cada vez mais estudada e constantemente traz informações novas sobre nutracêuticos importantes aos pets e acessíveis aos tutores, como é o caso das betaglucanas”, relata a médica-veterinária.

Betaglucanas são polissacarídeos que compõe a parede celular de leveduras, fungos, algumas bactérias e cereais como aveia e cevada. Elas possuem várias propriedades auxiliares ao fortalecimento do sistema imunológico do animal, estimulando principalmente as células de resposta rápida que atuam contra infecções bacterianas e virais, doenças fúngicas e parasitas intestinais.

“Estudos recentes também apontam que a suplementação de cães com betaglucanas próximo à data das vacinações influenciou positivamente no aumento da produção dos anticorpos vacinais, ou seja, ajudou a potencializar o efeito protetivo da vacina”, Pamela reforça.

Além do efeito estimulante do sistema imunológico, as betaglucanas ajudam na redução dos quadros inflamatórios, no controle dos níveis de colesterol e da glicemia, auxilia na regulação do apetite e nas funções intestinais.

“As betaglucanas podem ser fornecidas aos pets por meio de suplementação, quando necessário, por todas as fases da vida, sem trazer prejuízo algum para o animal. Os pets filhote e os idosos são os que mais se beneficiam da suplementação, mas ela também pode ser uma importante aliada para o fortalecimento da imunidade de animais que estejam passando por tratamentos de doenças infecciosas ou parasitárias, em conjunto com as terapias escolhidas. A suplementação também ajuda a fortalecer o sistema imunológico nos momentos de estresse, nos períodos pré e pós-cirúrgicos, nos protocolos vacinais, e em diversas outras situações que possam ser desafiadoras para a saúde e o bem-estar dos pets”, finaliza.

Fonte: Avert Saúde Animal

Como a nutrição auxilia no combate à disfunção cognitiva dos pets?

Nutrientes com ações antioxidantes e neuroprotetoras são essenciais durante toda a vida do animal, mas a importância deles aumenta para os pets idosos

Com o aumento da expectativa de vida dos cães e gatos domésticos, alguns fatores passaram a ser mais bem estudados e reconhecidos durante os últimos anos. Assim como a saúde física dos pets tende a ficar mais frágil em decorrência da idade e precisa de mais atenção, a saúde cognitiva dos nossos animais de estimação também precisa de cuidados.

“É muito comum a gente observar comportamentos diferentes nos pets mais velhinhos e atribuir à idade, e é isso mesmo! Com o passar do tempo o cérebro também sofre algumas alterações na sua estrutura e no seu funcionamento, que na maioria das vezes são progressivas e irreversíveis. Para este processo, damos o nome de disfunção cognitiva”, conta Pamela Meneghesso, médica-veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal.

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A disfunção cognitiva citada por Pamela é uma síndrome comportamental, onde o animal passa a apresentar déficit de aprendizado, piora na percepção de espaço, alteração no padrão sono/vigília, perda de memória e dificuldade de interagir com outros animais e pessoas. Alguns dos pets que apresentam disfunção cognitiva também passam a fazer as necessidades fisiológicas em locais impróprios e a vocalizar (chorar, miar, latir) mais.

A doença acontece devido a diversos fatores como estresse oxidativo, aumento de depósito da substância β-amilóide no cérebro, redução na produção de neurotransmissores, entre outros. O diagnóstico para o quadro de disfunção cognitiva pode demandar diversos exames para descartar outras patologias, e a utilização de um questionário avaliativo, que ajuda na detecção precoce e no acompanhamento das mudanças comportamentais ao longo do tempo.

“A disfunção cognitiva não tem cura, mas os sinais clínicos podem ser reduzidos com o tratamento apropriado, que inclui medicação, enriquecimento ambiental e uma dieta rica em nutrientes com função neuroprotetora e antioxidante”, elucida. “Vale lembrar que a nutrição tem um peso importantíssimo em todas as fases da vida do pet, e que também pode auxiliar na prevenção de doenças que tendem a aparecer quando estes animais estão mais velhos, como diabetes e hipercolesterolemia. Fornecer os nutrientes adequados é olhar para a saúde do pet como um todo, começando de dentro pra fora”.

Uma nutrição adequada para os animais de estimação é formulada com nutrientes essenciais que são capazes de retardar a progressão de doenças degenerativas ou mesmo impedir o seu início, proporcionando uma melhor qualidade de vida aos pets e, quando possível, aumentando a sua expectativa de vida.

“O fornecimento de ácidos graxos essenciais na dieta, como o Ômega-3, tem ação anti-inflamatória no organismo, auxilia na absorção de outros nutrientes importantes para o desenvolvimento e fortalecimento dos órgãos e tecidos, e é uma fonte de DHA, que melhora o desenvolvimento do cérebro e protege a função neurológica”, Pamela explica.

Além de uma dieta rica em Ômega-3, os pets sêniores se beneficiam com o aporte de Vitaminas C e E, que agem como potentes antioxidantes, e Vitaminas do complexo B, que restauram e fortalecem a síntese de importantes neurotransmissores. Frutas e vegetais ricos em flavonoides, carotenoides e outros antioxidantes também auxiliam na proteção cerebral e redução dos sintomas da disfunção cognitiva nos pets.

“O envelhecimento não é uma doença, mas uma consequência natural do tempo na vida de cada animal. Uma boa nutrição de acordo com a necessidade de cada fase de vida do pet, em conjunto com todos os cuidados veterinários que eles demandam, permite que eles tenham uma vida mais longa, feliz e saudável”, finaliza.

Fonte: Avert Saúde Animal