Saúde renal dos felinos: É preciso estar atento!

Um, a cada três gatos, irá desenvolver algum problema renal ao longo da vida

Assim como para os humanos, os rins desempenham um papel fundamental para a saúde dos gatos. O órgão é responsável por filtrar resíduos do sangue, removendo toxinas e produtos metabólicos indesejados, garantindo a manutenção de organismo saudável.

Além disso, os rins são essenciais para o equilíbrio de líquidos e eletrólitos, controlando a hidratação do corpo e mantendo os níveis adequados de substâncias como sódio, potássio e cálcio. Eles também desempenham um papel na regulação da pressão arterial, na produção de hormônios essenciais, como a eritropoietina, que estimula a produção de glóbulos vermelhos, e na acidificação da urina, importante para a saúde do trato urinário dos felinos.

Mas, você sabia que os gatos podem ser mais propensos ao desenvolvimento de problemas nos rins? Estudos indicam que um, a cada três gatos, irá desenvolver algum problema renal ao longo da vida. Por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para manutenção da saúde dos gatos.

“Uma combinação de fatores intrínsecos a fisiologia e comportamento dos felinos o torna mais suscetíveis aos problemas renais. O tipo de dieta e o hábito do animal de consumir pouca água, por exemplo, podem predispor à formação de cristais na urina e à desidratação, aumentando o risco de doenças renais. Além disso, as enfermidades do trato urinário inferior, como cistite idiopática felina e obstruções urinárias, também são frequentes e podem afetar negativamente a função renal do pet, especialmente dos idosos”, explica Pamela Meneghesso, médica-veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal.

Com origem multifatorial e silenciosa, as patologias renais muitas vezes só são diagnosticadas quando os sinais clínicos são mais evidentes, com animal apresentando sintomas como vômito, anorexia e perda de peso. Portanto, é fundamental que o tutor realize check-ups periódicos e ao notar qualquer mudança no comportamento do pet busque a orientação do médico veterinário.

Além disso, manter a hidratação adequada do pet ajuda a proteger os rins, além de facilitar a distribuição adequada de nutrientes para todo o organismo, sendo essencial para a saúde geral dos felinos.

Assim como em outras doenças, a prevenção é sempre a melhor estratégia para assegurar o bem-estar do pet. Por isso, a profissional listou seis dicas para ajudar os tutores nos cuidados com a saúde renal dos gatos:

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Tenha mais de um pote de água: gatos precisam de estímulos para se manterem hidratados. Disponibilizar vários potes de água em locais diferentes da casa é uma estratégia para incentivar a hidratação adequada

Fontes podem ser uma alternativa: alguns gatos gostam de tomar água em movimento. Neste caso, as fontes de água são opções atrativas.

Adicione uma alimentação úmida na rotina do pet: sachês e patês específicos para gatos tem mais água em sua composição se comparados à ração seca, contribuindo assim com a hidratação do felino. Além disso, a palatabilidade do item é atrativa para o pet.

Faça um “sorvete pet”: essa é uma alternativa para os dias mais quentes. Basta colocar o sachê do felino em forminhas de gelo, congelar e depois oferecer ao pet. Assim, o gato terá um item diferente para se distrair e brincar enquanto se hidrata.

playful Cat

Mantenha o pet ativo: atividade física contribui com a manutenção do peso e da saúde geral do pet. Os gatos precisam de estímulo para se exercitar, itens que estimulam a caçar como bolinhas ou varinhas, por exemplo, são ótimas opções.

Atenção a nutrição: é importante que o gato tenha uma nutrição balanceada para manter o bom funcionamento do organismo. Os suplementos alimentares que possam auxiliar no fornecimento adequado de ômega-3, através de óleo de peixe, aminoácidos, vitaminas e minerais também são aliados importantes para o cuidado renal.

Fonte: Avert Saúde Animal

A vida mais rom-rom: um site dedicado aos tutores de felinos

Plataforma desenvolvida pela Avert Saúde Animal reúne informações que contribuem para a manutenção do bem-estar dos gatos

O aumento da população de felinos demonstra que esses pets têm caído na preferência dos tutores na hora de escolher um companheiro. Dados do Censo Pet IPB indicam um crescimento médio anual de 2,5% entre os felinos no Brasil. Seja pela independência que caracteriza os gatos, sua adaptabilidade a ambientes domésticos ou simplesmente pela fofura irresistível, a presença desses animais tem se expandido em nível mundial.

Com a popularidade, a demanda por conhecimentos sobre a espécie tem crescido exponencialmente. “Compreender as necessidades específicas dos gatos, desde sua alimentação até o enriquecimento ambiental, é crucial para proporcionar um ambiente que atenda às suas características naturais. A pesquisa sobre comportamento felino, saúde, e até mesmo curiosidades relacionadas a diferentes raças, ajuda os tutores a compreender as características do pet, o que contribui para o desenvolvimento de um ambiente que assegura o bem-estar animal”, esclarece Mariana Raposo, médica veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal.

Com o proposito de auxiliar os tutores nessa tarefa, a Avert Saúde Animal desenvolveu o blog  Vida Mais Rom-Rom, um projeto dedicado a fortalecer a conexão entre os amantes de gatos e seus pets.

“A criação do  Vida Mais Rom-Rom vem como uma resposta a essa demanda crescente por conhecimento. Este espaço online foi concebido como uma plataforma abrangente que reúne uma variedade de conteúdos feitos sob medida para atender às necessidades específicas dos gateiros”, detalha Mariana.

Na plataforma, os tutores encontram uma série de informações, desde dicas essenciais de cuidados, curiosidades sobre hábitos, orientações sobre alimentação, até detalhes sobre o comportamento felino. O objetivo do blog é ser um guia confiável para auxiliar a proporcionar mais saúde e bem-estar aos pets.

Além de ser uma fonte de informações, o Vida Mais Rom-Rom também promove a interação entre os visitantes, encorajando-os a compartilharem suas próprias experiências e histórias com o uso da hashtag #AVidaMaisRomRom, promovendo movimento de conexão.

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Fonte: Avert Saúde Animal

Verão: bom momento de cuidar da pele e do pelo dos cães

Medidas simples ajudam a manter a saúde dos animais permitindo que eles desfrutem plenamente da estação ensolarada

O verão traz consigo dias mais longos, temperaturas elevadas e uma série de atividades ao ar livre para os humanos e seus pets. No entanto, esta estação também pode ser desafiadora para a saúde dermatológica dos cães. Fatores como exposição solar intensa, aumento de parasitas e alergias sazonais podem contribuir para o surgimento de problemas cutâneos. Desta forma, é preciso se atentar aos cuidados com a pele e pelo dos animais.

“A pele dos cães, apesar de possuir uma estrutura bem parecida com a dos humanos é mais fina, exigindo atenção redobrada dos tutores com o órgão, que é responsável por formar a barreira entre o corpo do cão e o meio ambiente, evitando agressões de agentes químicos, lesões físicas e a ação de micro-organismos”, explica Mariana Raposo, médica veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal.

Assim como os humanos, os cães podem sofrer danos causados pela exposição prolongada ao sol. Raças de pelagem curta ou de pele clara são particularmente mais sensíveis aos riscos de queimaduras solares. Isso pode resultar em vermelhidão, descamação e, em casos mais graves, predispor o animal ao desenvolvimento de câncer de pele. Portanto, é essencial aplicar protetor solar específico para pets, focando especialmente em áreas com pelagem mais fina, como focinho e orelhas. “A pelagem forma uma barreira física que ajuda a proteger o pet do sol. Porém, locais com pouco ou sem pelo ficam mais vulneráveis à ação dos raios solares”, detalha Mariana.

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O verão também é uma época propícia para o aumento de alérgenos ambientais, como pólen e esporos de fungos. Cães alérgicos podem desenvolver reações cutâneas, como erupções, coceira e inflamação. Identificar e tratar essas alergias é essencial para garantir o conforto e a saúde da pele dos pets.  “As reações alérgicas podem desencadear coceira intensa, lambedura excessiva e arranhões, levando a lesões na pele e possivelmente agravando a inflamação. Além disso, o ciclo de coceira constante pode comprometer a barreira cutânea, tornando-a mais suscetível a infecções secundárias”, relata Mariana

O uso de suplementos alimentares é uma estratégia que pode auxiliar a aumentar o suporte imunológico da pele dos animais. No caso dos cães com pele sensível, a utilização de shampoos específicos, que oferecem equilíbrio do pH, ação anti-irritante, cicatrizante e antioxidante, também são opções que contribuem para a recuperação natural da pele do cão.

Ao pensarmos no cuidado com a saúde dermatológica dos pets, outro momento que requer atenção dos tutores é a hora do banho. É comum que a frequência de banhos seja maior durante a estação, desta forma é essencial assegurar que o pet fique completamente limpo e livre de qualquer sujeira, especialmente após atividades aquáticas.

No caso de cães com pelos mais longos, é recomendada uma escovação cuidadosa para remover todos os nós e possíveis emaranhados que possam ter se formado. Já no momento da secagem é preciso garantir que todas as áreas estejam devidamente secas, uma vez que a umidade pode propiciar o desenvolvimento de irritações na pele, e até mesmo levar a infecções fúngicas ou bacterianas.

“O acúmulo de água pode interferir na barreira natural da pele, tornando-a mais suscetível a invasões patogênicas. Além disso, a umidade pode levar à maceração da pele, causando irritações e facilitando a penetração de agentes infecciosos. Certas raças de cães, especialmente aquelas com dobras, estão mais predispostas a problemas dermatológicos relacionados à umidade. Portanto, é fundamental manter a pele do cão seca após o banho”, afirma Mariana.

O controle de parasitas também é uma consideração importante durante o verão. O calor favorece a reprodução de pulgas e carrapatos. Esses intrusos podem causar irritação na pele dos cães, levando a coceira intensa e, em alguns casos, à dermatite alérgica. Além disso, as picadas desses parasitas podem transmitir doenças graves aos animais.

O verão exige cuidados específicos para garantir a saúde da pele e da pelagem dos cães. Ao se atentar a essas medidas os tutores asseguram a saúde dos pets, permitindo que eles desfrutem plenamente da estação ensolarada.

Fonte: Avert Saúde Animal

Esporotricose: o que você precisa saber

A doença, que também pode atingir humanos, tem uma cura lenta e que pode levar alguns meses, mas suplementação estratégica pode auxiliar na recuperação dos animais

A pele é o maior órgão dos pets e funciona como uma barreira de proteção contra agentes químicos, físicos e microbiológicos (bactérias, fungos, ácaros e vírus). Quando essa barreira de proteção está forte e bem estruturada, os desafios ambientais presentes no dia a dia do pet não interferem de maneira negativa na saúde e qualidade de vida do animal. Já quando a pele apresenta alguma falha na sua estrutura, os pets se tornam mais susceptíveis a dermatites e outras doenças.

A esporotricose é uma doença dermatológica comum nos felinos, causada pelo fungo Sporothrix schenckii, que é facilmente encontrado no ambiente, principalmente na terra, nos troncos de árvores e plantas em geral. O fungo pode acometer os humanos e, em raríssimos casos, os cães, sendo a esporotricose considerada uma zoonose. A doença vem ganhando mais relevância em diversas regiões do país, principalmente Rio de Janeiro, Manaus e litoral e região metropolitana de São Paulo, onde os números de casos em seres humanos estão crescentes.

“Antigamente, a esporotricose era conhecida como a doença da roseira, porque acometia em maior número as pessoas que trabalhavam com jardinagem e estavam mais frequentes neste ambiente propício para a proliferação do fungo”, conta a médica-veterinária Mariana Raposo, gerente de produtos da Avert Saúde Animal. “Mas, hoje em dia, a convivência dos pets com os humanos está cada vez mais íntima, e ainda é muito comum que os tutores permitam que os gatos domésticos tenham acesso livre à rua. É nessas saidinhas que a maioria dos gatos domésticos entram em contato com o fungo, que é abundante na natureza, e trazem ele para dentro do lar”.

Mas entrar em contato com o fungo não é determinante para manifestar a esporotricose. “Quando a pele do animal está integra e bem estruturada, o fungo não se prolifera e não causa efeito nenhum no pet, o problema é quando existem feridas, lesões, ou problemas dermatológicos prévios, como os animais que apresentam quadros recorrentes de dermatites que já têm uma tendência a ter essa pele mais frágil”, explica.

Os sintomas mais comuns da esporotricose nos felinos é a presença de áreas avermelhadas na pele, que aumentam de tamanho e abrem feridas que não cicatrizam mesmo quando tratadas, mas a doença pode se desenvolver de três formas diferentes:

Gatos antes e depois do tratamento de esporotricose – Fotos: SemanticScholar

Cutânea: é a forma mais superficial da doença, caracterizada pelas feridas nodulares, avermelhadas, profundas e de difícil cicatrização na pele do animal, que podem ser individuais ou múltiplas. Elas são mais frequentes na região de cabeça e nas patas, não causam dor e nem coceira.

Linfocutânea: ocorre quando a infecção progride, formando úlceras na pele e se tornando mais profunda, atingindo o sistema linfático do animal.

Disseminada: é o estágio mais avançado da doença, onde todo o organismo do felino apresenta lesões pele e pode evoluir para a forma extracutânea, passando a acometer outros órgãos do animal.

O diagnóstico da doença é realizado por meio de exames citológicos, cultura fúngica ou biópsia das lesões, e por ser uma importante zoonose, os casos positivos precisam ser relatados para a vigilância sanitária, para que exista um controle maior do fungo naquela região.

Esporotricose tem cura!

funny portrait of a British shorthair cat, studio photo.

“A esporotricose é uma doença séria e delicada, mesmo na sua fase mais superficial, e requer um comprometimento do tutor com o tratamento, que é longo, leva meses”, Mariana comenta.

A médica veterinária conta que o tratamento normalmente é feito com o uso de antifúngicos orais específicos contra o Sporothrix, e deve continuar por ao menos 30 dias após o desaparecimento das lesões na pele, para mitigar as chances de recidiva.

“Lesão cicatrizada não significa cura completa, por isso é importante o tutor seguir o tratamento prescrito pelo médico-veterinário direitinho, durante todo o período recomendado. Em alguns casos, dependendo da severidade das lesões, o veterinário responsável pelo caso pode associar antibióticos para combater infecções secundárias e outros adjuvantes que possam auxiliar na restauração completa da saúde da pele”, reforça.

Mariana relata que alguns estudos atuais de instituições de renome no setor de infectologia demonstram que a utilização de suplementos alimentares à base de Euglena gracilis, uma espécie de alga de água doce que tem uma alta concentração de betaglucanas em sua composição, têm tido ótimos resultados como suporte no tratamento da doença. A suplementação não substitui a medicação tradicional para eliminar o problema, mas a associação da medicação com a suplementação da alga Euglena gracilis favorece o processo de cicatrização das feridas características da esporotricose.

Além de atuar ativamente no processo de cicatrização das lesões de pele, a Euglena gracilis auxilia no equilíbrio do sistema imunológico dos pets e no fortalecimento da barreira cutânea, podendo ser utilizado por todos os animais em qualquer fase da vida que apresentem algum tipo de dermatopatia, incluindo alergias como dermatite atópica.

Foto: Hindawi

“Importante lembrar que a esporotricose é uma zoonose, ou seja, ela também atinge outros animais e os humanos. Por isso, os tutores de animais positivos para a doença precisam estar atentos também às lesões de pele neles mesmos e buscar ajuda profissional caso tenha alguma ferida suspeita ou que demore para cicatrizar. A saúde e o bem-estar dos pets e tutores andam juntas, especialmente quando falamos de zoonoses”, finaliza.

Fonte: Avert Saúde Animal