Otite em cães: veterinário esclarece tudo sobre a condição e explica como tratá-la

Externa, média ou interna? Cada tipo de inflamação acomete uma parte do ouvido e requer um tratamento diferente. Na maioria dos casos, o uso de antibióticos é dispensável e a administração do tratamento com corticoide é suficiente para livrar o animal do incômodo

A otite é uma doença bastante comum em cães e esta é uma queixa recorrente nos consultórios veterinários. No entanto, muitas dúvidas rondam os tutores de animais com a condição, que normalmente causa bastante dor no ouvido dos pets. O que caracteriza cada tipo de otite? Como identificá-las? É realmente preciso tratar o problema com antibióticos? Quais raças têm predisposição à condição? Estas são algumas das dúvidas que Ricardo Cabral, médico veterinário e gerente técnico da Virbac do Brasil, responde sobre o problema. Entenda!

Qual a diferença entre a otite externa, média e interna?

De acordo com Ricardo, as otites podem ser classificadas em três tipos principais com base na localização da infecção. O médico veterinário dá mais detalhes:

Otite externa
“É a forma mais comum de otite em cães e acontece quando o canal auditivo externo inflama. A inflamação pode ser causada por diferentes fatores como remoção de pelos ou limpeza incorreta que geram trauma, ou ainda parasitas e corpos estranhos, mas na maioria dos casos a causa é alérgica”. De acordo com ele, cerca de 75% dos casos de otites externas têm em comum o fato de acometerem animais alérgicos e, sendo essa uma doença de difícil controle, é bastante frequente a ocorrência de otites externas de repetição.

Otite média
“Acomete a parte média do ouvido, localizada atrás do tímpano, e pode ocorrer como uma complicação da otite externa quando a infecção se estende para dentro da orelha.”

Otite interna
“É a forma menos comum de otite em cães e geralmente é mais grave, porque envolve a inflamação da parte interna do ouvido, incluindo a cóclea e o labirinto, que são essenciais para a audição e o equilíbrio. Este tipo de otite pode estar associada a infecções bacterianas, fúngicas ou virais ou, ainda, por problemas imunológicos, traumas na cabeça ou tumores.”

O que provoca a otite externa em cachorros?

Várias causas podem levar ao desenvolvimento de otite. “A inflamação é quase sempre a causa de base. Essa inflamação pode ser desencadeada por diferentes fatores como traumatismo, parasitas, corpos estranhos e neoformações como pólipos, mas na grande maioria dos casos o fator inicial é a doença alérgica. Precisamos lembrar que o conduto auditivo externo é recoberto por pele, e se o cão é alérgico essa pele também vai inflamar”, pontua Ricardo. A inflamação leva a mudanças no microambiente da orelha como alteração de temperatura e umidade, além do aumento da produção de cerúmen. Essas são as mudanças que, por sua vez, em alguns casos, levam à infecção bacteriana e/ou fúngica secundariamente.

Como identificar a condição no animal?

O médico veterinário alerta que é muito importante se atentar ao comportamento do cão para observar quaisquer comportamentos que possam denunciar o problema. “Coceira excessiva na orelha, esfregar a cabeça no chão ou em móveis, vermelhidão ou inflamação no ouvido, secreção ou mau odor, sacudir ou inclinar a cabeça com mais frequência, sensibilidade ao toque, perda de audição e aumento da sensibilidade, são alguns dos sinais de otite.”

Quais são as raças mais acometidas por otite?

Algumas raças de cães estão mais predispostas a desenvolver otite devido a características anatômicas específicas de suas orelhas ou a condições genéticas que aumentam a produção de cerúmen. “Cocker Spaniel, Labrador, especialmente o de cor chocolate, Beagle, Basset Hound, Golden Retriever e Poodle são algumas delas. Mas vale lembrar que qualquer raça de cão pode desenvolver essa condição.”

Como é realizado o tratamento contra a otite?

O tratamento da otite em cães pode variar dependendo da causa, condição e gravidade da infecção. “O primeiro passo é levar o animal ao consultório veterinário para um exame completo e, em casos de otites externas, a limpeza e o tratamento tópico são suficientes para tratar o problema”, orienta Ricardo. Segundo o profissional, apenas em casos mais graves ou persistentes, pode haver a necessidade da prescrição de medicamentos orais, como antibióticos ou anti-inflamatórios.

Quais são os risos do uso indiscriminado de antibióticos no tratamento de otites?

Até hoje, o médico veterinário só dispunha de associações com anti-inflamatórios, antibióticos e antifúngicos para tratar topicamente a otite externa canina, combatendo ao mesmo tempo a inflamação de base e as infecções secundárias. “O problema é que cada vez mais vemos o surgimento de micro-organismos resistentes aos antimicrobianos, o que significa que as bactérias presentes no ouvido do cão podem se tornar resistentes ao antibiótico usado, tornando o tratamento ineficaz. Tendo em vista que a causa da doença é a inflamação, será que precisamos fazer uso de antibióticos em todos os casos?”, comenta Ricardo. O médico veterinário da Virbac alerta ainda que, pelo fato de a maioria dos quadros de otites externas serem desencadeadas por doenças alérgicas, que não têm cura, é comum que os cães apresentem otites de repetição, e o uso de antibióticos e antifúngicos com frequência nesses quadros contribui ainda mais para o uso indiscriminado dessa classe de medicamentos.

Foto: Christine Caplan/Insider

De que forma o corticoide age no tratamento de otites externas e por que ele é mais seguro?

“A possibilidade de utilizar corticoides como primeira escolha é uma forma de prevenir a ocorrência cada vez mais comum de animais com alta resistência a antibióticos. Esse tipo de tratamento age na causa primária de otites não purulentas, de base alérgica. Ao tratar a inflamação, o microbioma bacteriano e fúngico deve ser controlado naturalmente, retornando ao estado original. Neste caso, recomenda-se o tratamento com corticoides durante 7 a 14 dias consecutivos, a depender da resposta clínica do animal. Se a cura não for confirmada após os primeiros sete dias de tratamento, deve-se estender até 14 dias, de acordo com a avaliação do médico veterinário”, orienta o profissional. Além do tipo de remédio, ele recomenda atentar-se ao aplicador do medicamento. “Como este é um tratamento tópico, é necessário tomar alguns durante a aplicação, como optar por aplicadores em spray, suaves e silenciosos, que não irritam ou assustam os cães, além de cânula anatômica, para tornar o tratamento o mais confortável e seguro possível para o animal.”

Fonte: Virbac

Tempo frio e seco: cuidados que cães precisam receber no inverno

Os dias frios pedem cautela para evitar complicações relacionadas à saúde, como doenças respiratórias e dermatites, causadas pelo tempo seco comum nesta época. Ricardo Cabral, veterinário da Virbac, lista os principais cuidados que os tutores precisam ter com seus animais de estimação durante a temporada de frio.

:: Roupinhas

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É preciso ficar atento ao uso de roupinhas nos cães. De acordo com Cabral, eles costumam ser tolerantes ao acessório, mas cada um possui uma personalidade, então cabe ao dono analisar o comportamento do cão. “Se a reação for negativa, o melhor a se fazer é oferecer um ambiente mais confortável e quentinho, ainda mais se a raça for de pelagem curta”, comenta. Mas é preciso ficar atento! Apesar de fofas, deixar o pet com roupinha o tempo inteiro pode afetar a temperatura corporal. “Eles não conseguem avisar quando estão com calor, então temos que ficar atentos aos sinais: letargia e respiração acelerada, como se o cão estivesse ofegante, podem indicar que ele está com calor, afinal é pela respiração que eles fazem as trocas de calor com o ambiente”, complementa. Lembrando que cães não suam.

:: Passeio

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Os passeios são indispensáveis na vida dos pets, independente da época do ano. E o melhor é que eles não precisam parar de acontecer por medo do cão passar frio, pois eles geralmente não se incomodam com o clima. Mas a recomendação de evitar os horários mais quentes do dia segue para essa época do ano da mesma forma que no verão, mesmo que o sol não pareça tão forte, pois a radiação UV é muito alta e isso pode ser prejudicial para cães de pelos mais claros. “A melhor recomendação a se fazer em relação aos passeios é evitar sair nos dias mais frios apenas com cães que tenham osteoartrose ou alguma doença articular crônica, porque a dor pode ser pior nesses dias”, explica o veterinário. Importante lembrar também da hidratação. “O tempo muito seco pede atenção redobrada com a ingestão de líquidos e hidratação da pele com produtos apropriados, especialmente para aqueles pets que têm histórico de dermatites.”

:: Banho e tosa

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Em relação aos banhos na época de frio, não é necessário diminuir a frequência, desde que posteriormente o animal seja bem seco (de preferência com o uso de secador). “Evitar dar banhos em dias muito frios ou sem sol, mas isso não é uma regra, desde que haja o cuidado de secar bem o animal”. O profissional ressalta que estar ainda mais atento à temperatura da água é fundamental. “Não deve estar nem muito fria e nem muito quente, pois assim como a nossa pele, existe uma resposta inflamatória às altas temperaturas e pode prejudicar a produção de lipídeos, que constituem a barreira de pele e protegem o organismo”. Quanto à tosa, Cabral enfatiza que durante o inverno acontece a troca de pelo, então manter a tosa regular pode interferir na termorregulação dos cães; ainda mais se o cão já for idoso ou se ficar em áreas externas. “Se possível, prefira adiar a tosa para o período mais quente do ano, já que os pelos do animal ajudam a proteger contra o frio”.

:: Hora de dormir

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Durante a temporada de frio, é preciso atenção redobrada no local em que o cão dorme. Se o pet dorme dentro de casa, é importante passar a colocar um cobertorzinho dentro da cama, criando um ambiente ainda mais confortável e aconchegante. Já para cães que ficam em áreas externas, proteger a casinha com um cobertor grosso por cima do telhado, por exemplo, vai ajudar a aquecer a parte interna. Além de ser fundamental evitar com que ele fique em contato direto com o chão”, recomenda o veterinário. Outra dica valiosa e que pode fazer a diferença é observar se o lugar em que o cão descansa fica próximo de umidade ou possui correnteza de vento. Em caso positivo, durante o inverno, a cama precisa ser alocada em outro ambiente.

:: Atenção aos velhinhos

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Cabral explica que os cães idosos exigem atenção especial no inverno. “O processo de envelhecimento pode acarretar uma maior perda de massa muscular (sarcopenia), o que predispõe os cães às doenças articulares, como a osteoartrose (processo de perda de músculo que torna a articulação instável). A dor de problemas como esses tende a ser pior no frio. Além disso, os velhinhos têm mais dificuldade em manter a homeostasia (regular a temperatura do próprio corpo), e podem precisar ainda mais de roupinhas, cobertores, e outros acessórios que os mantenham aquecidos”, finaliza.

:: Doenças mais comuns da época

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Pela vulnerabilidade em que os pets se encontram durante o inverno, as doenças mais prevalentes são as infecciosas de transmissão direta, especialmente as respiratórias, como a Tosse dos Canis (ou traqueobronquite infecciosa), e dermatopatias em geral, pois a pele tende a ficar mais seca e pode coçar mais. É o caso da dermatite atópica canina, que de acordo com o especialista, pode prejudicar bastante a qualidade de vida do animal. “Justamente pelo fato de o cão passar mais tempo dentro de casa, ele pode ficar ainda mais exposto a fatores alérgenos da dermatite atópica, como a poeira. Os banhos, que tendem a ficar mais quentes, também podem ser prejudiciais, desencadeando a coceira e consequentemente uma pele com aspecto ressecado e até mesmo escamosa. Por se tratar de uma doença crônica, o tratamento e atenção aos cuidados do dia a dia são fundamentais para manter a qualidade de vida do bichinho, principalmente nessa época”, comenta.

Segundo Cabral, uma parte importante do tratamento consiste em oferecer elementos que ajudem na reconstituição da função de barreira da pele, como shampoos hidratantes e óleos essenciais. Em muitos casos, é muito importante também o uso de medicamentos que diminuam a ação do sistema imune, geralmente hiper-responsivo nesses casos. “Já existe no mercado brasileiro um tratamento à base de ciclosporina, considerado um princípio ativo de alta eficácia no tratamento da dermatite atópica canina. Trata-se de uma alternativa importante, pois as dermatites atópicas são consideradas doenças crônicas, ou seja, que demandam tratamento contínuo.”

Diferentemente dos corticoides, que também são usados com tratamento, mas causam diversos efeitos colaterais, a ciclosporina possui nível muito baixo de efeitos colaterais e apresenta resultados rápidos. “Em 3 a 4 semanas, a aparência da pele e lesões já melhoram, sendo possível, após esse controle inicial, uma redução na frequência de administração do medicamento, conforme a resposta de cada cão”, finaliza o médico veterinário.

Fonte: Virbac

Dermatite atópica em cães: conheça sintomas, diagnóstico, tratamento e agravantes

Muita gente não sabe, mas não são apenas as doenças respiratórias que se complicam nos cães durante a temporada de frio, as doenças de pele também podem se agravar por conta do clima e de alguns procedimentos, como o banho mais quente. Veterinário esclarece os principais pontos dessa doença, que atinge até 15% dos cães. Confira:

A dermatite atópica é uma doença alérgica crônica, que não tem cura, acometendo 15% dos cães. A doença ocorre a partir dos agentes alérgenos presentes naturalmente nos ambientes e que estimulam o surgimento dos sintomas nos animais predispostos à doença, sendo o prurido o principal deles. Com isso, a qualidade de vida do animal fica comprometida se não for tratado.

Sintomas

cachorro se coçando

A coceira excessiva é o principal sintoma da doença e ela pode ser tão intensa a ponto de o animal se auto traumatizar, causando a vermelhidão e descamação da pele. Segundo Ricardo Cabral, veterinário da Virbac, laboratório veterinário referência em dermatites, o sintoma é uma situação de aflição para toda a família, que sofre junto com o pet quando não consegue ajudá-lo.

“Com o tratamento realizado corretamente, a coceira e a inflamação tendem a ficar controladas. Mas determinadas situações, como expor o animal a algum fator alérgeno, como ácaros de poeira ou pulgas, podem fazer com que esse sintoma se agrave novamente.”

Perda de pelo, lambidas e mordidas frequentes no local afetado, pele seca e escamosa são outras manifestações que a doença desperta no cão. No tempo frio, os sintomas tendem a ficar mais evidentes por conta do clima que naturalmente deixa a pele do animal mais seca, e o aspecto ressecado facilita a penetração de alérgenos, dando início aos sintomas.

Diagnóstico

veterinaria com cachorro

Para chegar ao diagnóstico é preciso primeiro eliminar as outras possibilidades de doenças que também causam coceira, como sarnas, infecções de pele e outras alergias, como à picada de pulga ou alimentar. “Para isso, é sempre necessária a avaliação de um médico veterinário, que irá proceder com os exames e condutas necessárias para chegar ao diagnóstico correto. É fundamental nessa fase um comprometimento total dos tutores do animal, pois o caminho do diagnóstico pode ser longo e dificultoso”, enfatiza Cabral. Uma vez diagnosticado no cão a dermatite crônica, os tutores precisam estar cientes de que se trata de uma condição para a vida toda e que o tratamento se tornará uma rotina, sendo fundamental o comprometimento.

Tratamento

cachorro tomando remedio trifexis
Trifexis

O objetivo do tratamento é baseado no controle dos sintomas, já que a doença é considerada crônica. Neste caso, estar atendo é essencial, pois diferentes agentes alérgenos podem ser gatilhos para uma retomada de sintomas. Uma parte importante do tratamento consiste em oferecer elementos que ajudem na reconstituição da função de barreira da pele, como shampoos hidratantes e óleos essenciais. Mas o veterinário ressalta que é muito importante também o uso de medicamentos que diminuam a ação do sistema imune, geralmente hiper-responsivo nesses casos. Para isso, os corticoides são bastante utilizados, mas apesar de se mostrarem eficazes no alívio do prurido, causam fortes efeitos colaterais e doenças metabólicas em longo prazo.

“Como alternativa aos corticoides, recentemente a Virbac trouxe para o Brasil um tratamento amplamente utilizado na Europa, o Cyclavance. Trata-se do único medicamento veterinário do mercado à base de ciclosporina, considerado um princípio ativo de alta eficácia no tratamento da dermatite atópica canina”, explica. A substância tem sua eficácia recomendada pelo Comitê Internacional de Doenças Alérgicas dos Animais (Icada). Apesar de também demandar um tratamento contínuo, ela permite melhora do prurido (coceira) e da inflamação em poucos dias. “Em 3 a 4 semanas, a aparência da pele e lesões também já melhoram, sendo possível, após esse controle inicial, uma redução na frequência de administração do medicamento, conforme a resposta de cada paciente”, complementa o veterinário.

Agravantes da doença

filhote cachorro tomando banho

Cabral comenta que poucas pessoas sabem, mas no frio, a pele dos animais costuma ficar mais seca, e o banho costuma ficar mais quente, uma combinação perigosa que leva à desidratação cutânea. “A pele quando desidratada fica mais sujeita à penetração de alérgenos e coça mais. Controlar a temperatura da água e do secador é muito importante, além de ser fundamental escolher corretamente os produtos para o banho como shampoos, condicionadores, pipetas de óleos essenciais e sprays que ajudam na hidratação, ao auxiliar a reconstruir a função de barreira da pele”, finaliza o especialista.

Fonte: Virbac

Veterinário explica o que você precisa saber sobre parasitas em pets

Sejam eles internos ou externos, os parasitas são um problema recorrente em cães e gatos, e podem provocar diversas enfermidades. O veterinário Ricardo Cabral, da Virbac, comenta sobre os tipos mais comuns em pets, as maiores incidências e as principais maneiras de prevenir que o animal se contamine com essas pragas.

O parasita é um organismo que retira de outros organismos os recursos necessários para a sua sobrevivência, podendo viver tanto fora como dentro do corpo do hospedeiro. No caso de cães e gatos, pulgas e carrapatos são exemplos de parasitas externos, que vivem ou invadem sua pele ou pelo. Já os parasitas internos são organismos que se alojam, crescem e se alimentam dentro do corpo dos pets, como é o caso de vermes intestinais e verme do coração, por exemplo.

“Cada um tem sua característica própria, ciclo de vida e forma de contágio diferente, por isso, é muito importante entender suas particularidades para prevenir o pet da melhor forma”, explica o veterinário Ricardo Cabral, da Virbac – indústria farmacêutica veterinária. Confira os principais parasitas em cães e gatos, como identificar os sintomas e formas de prevenir e tratar:

Vermes intestinais e giárdia (parasita interno)

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Os vermes mais comuns nos pets são os intestinais, que podem ser redondos, como ancylostoma ou ascarídeos (lombrigas) ou chatos como o Dipylidium caninum, que se alojam no intestino delgado do animal e podem trazer diversos problemas de saúde. Já giárdia é um protozoário que adentra o organismo do animal, causando infecções.

Sintomas:
Diarreia, pelagem opaca, fraqueza, apatia, vômito, tosse, perda de apetite e peso são alguns dos sinais que podem indicar uma possível infestação de verminoses no animal de estimação. “Os sintomas devem ser analisados o quanto antes, pois podem levar o animal ao óbito”.

Incidência:
Os vermes e giárdia não dependem do clima ou temperatura para surgirem, podendo aparecer em qualquer época do ano e em qualquer região. “Quando os animais vivem em conjunto ou comunidade, como é o caso dos canis, é perceptível uma maior incidência das verminoses, já que para fechar o ciclo do parasitismo existe a dependência de um contato orofecal”.

Prevenção e tratamento:
Manter o ambiente higienizado é o primeiro passo para a prevenção dos vermes. “A limpeza das fezes e urina deve ser feita, de preferência, após a defecação”. Além disso, é necessário realizar frequentemente a prevenção por meio de vermífugos – remédios administrados em cães e gatos, de maneira oral, e que combatem as verminoses. “No mercado, existem várias opções de vermífugos, mas o importante, além de consultar um veterinário, é escolher uma marca que seja tradicional e confiável no ramo”.

Verme do coração (parasita interno)

cachorro deitado quieto doente

Também conhecido como dirofilariose canina, o verme do coração é um parasita que afeta o sistema cardiopulmonar dos cães domésticos e silvestres.

Sintomas:
No início, a doença pode não ter sintoma algum. Posteriormente, os cães e gatos podem apresentar problemas respiratórios, como respiração acelerada ou respiração curta e rápida, tosse e cansaço fácil, além de perda de peso, apatia e fraqueza. Quando os vermes adultos se alojam no coração, os sintomas de insuficiência cardíaca como tosse e cansaço fácil podem se intensificar.

Incidência:
“O verme do coração possui uma característica de sazonalidade mais marcante, já que sua transmissão aos cães depende de um mosquito vetor. Esse mosquito prefere se reproduzir em épocas com mais calor e chuvas, como no verão. No Brasil, no entanto, regiões mais quentes e úmidas, como regiões litorâneas ou próximas a lagos e represas, podem ter uma prevalência alta da doença durante todo o ano”.

Prevenção e tratamento:
Assim como a prevenção dos vermes intestinais, os vermífugos auxiliam na proteção contra o verme do coração, contribuindo para que o cachorro não seja picado pelo vetor. “Primeiramente, a consulta com o veterinário é essencial para que este indique o melhor vermífugo ao seu animal. Os vermífugos que previnem o verme do coração devem ter em sua composição princípios ativos específicos para este fim, como a ivermectina, e devem ser administrados todos os meses para uma proteção correta”.

Pulgas e carrapatos (parasita externo)

gato coceira coçando orelha

Estão entre os parasitas externos mais conhecidos e que são apresentados em grande quantidade em cães e gatos. “Os carrapatos são aracnídeos que se alimentam do sangue do hospedeiro. Já as pulgas são pequenas e ágeis, o que as tornam esquivas e difícil de visualizá-las”.

Sintomas:
Um forte sinal de que seu animal pode estar com pulgas e carrapatos é a coceira. Muitos cães e gatos são alérgicos à saliva destes parasitas e, se livrar deles, é o primeiro passo para o controle eficaz da alergia. Em situações mais graves de parasitismo, cães e gatos podem apresentar sintomas mais graves como perda de peso e anemia. O problema maior, é que pulgas e, principalmente os carrapatos, são transmissores de muitas doenças infecciosas que podem trazer problemas ainda mais sérios.

Incidência:
Os parasitas externos, especialmente as pulgas, são mais presentes no calor (meses de verão). “Entretanto, como no Brasil não tem uma divisão clara de clima, não é possível ver a sazonalidade principalmente nos estados do Norte e Nordeste, onde é possível perceber a infestação de pulgas e carrapatos durante todo o ano”.

Prevenção e tratamento:
A prevenção de pulgas e carrapatos está totalmente ligada ao ambiente, já que esses parasitas botam o ovo no recinto e não diretamente no animal. “95% das pulgas estão no ambiente, na forma de ovos e larvas. Por isso é muito importante que haja o controle ambiental frequentemente”.

cachorro e gato coceira pulga

Outra forma de prevenção é tratar todos os contactantes. “Por exemplo, se o tutor tem um cachorro e um gato e trata só um animal, o outro também pode ser fonte de reinfestação”. Tratar todos os animais que vivem no ambiente e o próprio ambiente é uma das formas adequadas de prevenir a presença dessas pragas. O tratamento pode ser realizado através de produtos antiparasitários que podem ser encontrados em forma de spray, pipeta e coleiras.

Além disso, manter o ambiente higienizado também é uma importante forma de prevenção contra as pragas. “O indicado é realizar uma limpeza constante do ambiente com o uso de aspiradores de pó e sempre lavar os objetos do pet, como brinquedos, casinha, cobertores, cama, travesseiros, ou qualquer outro utensílio relacionado ao animal”.

#DicadoVeterinário: atenção com os filhotes!

gato filhote veterinario petmd
PetMD

Os filhotes precisam de mais atenção com relação ao parasitismo e verminoses. Eles podem receber algumas verminoses que são passadas através da placenta da mãe ou por meio do leite materno. “É uma idade onde o animal não tem um sistema imunológico competente, que ajuda a agir contra verminoses. Se houver uma grande quantidade de parasitas no filhote, podem ocorrer problemas mais graves como anemia, má nutrição, subdesenvolvimento e outras consequências”.

Fonte: Virbac

Nota da Redação: passei por uma infestação de pulgas. O apartamento em que mora é de piso de taco. As pulgas adoram. Só consegui resolver o problema com dedetização. Mas é preciso muito cuidado com os animais. Melhor tirá-los do ambiente por dois dias. Eu me tranquei na cozinha e na área de serviço com meus sete gatos. E passei o antipulga em todos, claro. 

 

Veterinário responde se xampus para cães são todos iguais

Não! Assim como existem cães com diferentes pelagens e características de pele, no mercado é possível encontrar diversas opções de xampus e condicionadores, elaborados também com diferentes objetivos. O veterinário Ricardo Cabral, da Virbac, explica como escolher os produtos e alerta para a importância de não usar produtos de humanos

Seja no pet shop ou em casa, os tutores precisam ter atenção nos xampus utilizados durante o banho. Afinal, cada cão possui uma necessidade diferente e é preciso entender quais são os produtos indicados para manter seu tipo de pele e pelos saudáveis.

cachorro banho amanda cullingford pixabay

“A regra mais importante é utilizar apenas produtos de higiene canina. Muitos tutores acabam utilizando o seu próprio xampu ou até mesmo barra de sabão de lavar roupas, mas isso pode prejudicar muito a pele do cachorro”, afirma o veterinário Ricardo Cabral, da Virbac.

“Além de ressecar a pele e provocar alergia e irritações, o uso de produtos inadequados pode também causar um desequilíbrio de óleos nos pelos, criando um ambiente ideal para bactérias, parasitas e vírus”, completa.

Hoje, o mercado pet oferece diversas opções e marcas de shampoos e para auxiliar na escolha do produto ideal, Cabral listou os principais pontos de atenção. Confira:

Utilize xampus hipoalergênicos

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Busque sempre por xampus que utilizem ingredientes hipoalergênicos, pois eles não agridem a pele dos cães. “Mesmo que o cão não seja alérgico, a pele dele pode ficar irritada na presença de agentes que nunca teve contato. A escolha de produtos hipoalergênicos minimiza esse risco.”

Repare na pelagem

cachorro boca e dentes

Existe uma grande diversidade de raças, e cada qual com sua particularidade. Algumas têm pelos grossos e longos, enquanto outras têm pelos curtos e finos. Há ainda uma infinidade de cores de pelos. “Um dos objetivos dos xampus caninos é auxiliar no cuidado e manutenção dos pelos. Eles possuem funções como ser desembaraçante, antiqueda, manter a cor natural do pelo, entre outras. Portanto, identificar necessidades comuns a cada tipo de pelagem facilitará na hora de comprar o produto”.

Cuidar da pele é essencial

cachorro pele problema pinterest
Pinterest

Mais importante que garantir pelos sedosos e brilhantes, é manter a pele do pet saudável. “Esse ponto é o mais importante, pois tratar a pele é sinônimo de garantir saúde para o cão, tendo em vista que existem diversas doenças de pele como sarna, micose, dermatite atópica, alergias, seborreia, entre outros, que prejudicam e incomodam muito os pets”, explica Cabral. “Atente-se ao tipo de pele do seu cão! Se ela é seca, por exemplo, procure por um xampu hidratante. Se é oleosa, um que controle a oleosidade. Leia sempre o rótulo e consulte o veterinário”.

Optar por marcas reconhecidas no mercado dermatológico também é garantia de uma pele saudável. Além disso, caso o pet já tenha contraído doenças de pele, os xampus dermatológicos auxiliam no tratamento e prevenção. A marca Virbac, por exemplo, oferece soluções para alívio imediato da irritação e prurido da pele, infecções bacterianas da pele (piodermite superficial) e fúngicas (inclusive Malasseziose) e adjuvante no tratamento de piodermites profundas, para o tratamento e controle da pele oleosa associada à seborreia dos cães, entre outros.

Importante

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Filhotes de cachorro precisam de cuidados especiais em relação ao banho. Para tomar banho no pet shop, onde haverá contato com outros cães, é necessário esperar todas as vacinas. Mesmo para o banho em casa, existe o risco de deixar a pele e pelos molhados, então é recomendável esperar pelo menos 12 semanas: antes disso, o uso de toalhas umedecidas específicas para cães é o ideal. Além disso, utilize produtos especializados ou o recomendado pelo veterinário, e introduza o banho na rotina do filhote aos poucos para não gerar traumas.

Fonte: Virbac

Como eliminar as pulgas dos animais de estimação

Pulgas podem ser um problema na saúde dos pets e estão presentes não só nos animais como também nos ambientes em que eles habitam. O veterinário Ricardo Cabral, da Virbac, explica como eliminar os parasitas de uma vez por todas. Confira.

As pulgas são os principais parasitas externos dos pets e podem gerar alergias, verminoses, anemias e sintomas de estresse, além de criar uma repulsa por parte dos tutores, interferindo na relação deles com seus pets. “Uma característica importante é que as pulgas vivem apenas durante sua fase de vida adulta sobre os animais e, pelo resto do tempo, elas vivem no ambiente”, conta Ricardo Cabral, veterinário da Virbac – indústria farmacêutica veterinária.

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Essa informação é fundamental para entender que, antes de se preocupar com os parasitas nos pets, é preciso atentar-se aos possíveis ambientes infestados. “Mesmo que o pet seja tratado continuamente com medicação antipulga, caso o ambiente esteja altamente contaminado, ele pode ser re-infestado”, explica o veterinário.

Como ocorre a contaminação do ambiente 

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A contaminação ambiental é explicada pelo ciclo de vida da pulga. “Esse parasita se alimenta do sangue dos pets e as pulgas fêmeas são capazes de pôr cerca de 50 ovos por dia. Os ovos caem no chão, onde o animal dorme, e se desenvolvem em 1 dia e meio a 10 dias, dependendo da temperatura. Desses ovos, emergem larvas que se alimentam das fezes das pulgas adultas. Depois de três estágios larvais, elas formam um casulo (pupa), de onde emerge a pulga adulta.”

A duração do ciclo depende das condições climáticas. A condição ideal para o ciclo da pulga é de temperaturas entre 20° e 30°C, com umidade relativa de 70% a 85%. Quando protegida em seu casulo, a pulga é capaz de sobreviver por até seis meses até condições de desenvolvimento favoráveis, dessa forma persistindo no ambiente.

Como evitar?

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Para evitar a proliferação dessas pragas, é necessário sempre tratar o ambiente junto com o pet. “Existem produtos específicos para esse propósito no mercado. Alguns são usados no controle de pulgas nos animais e possuem agentes que são eficazes contra os estágios imaturos das pulgas, podendo auxiliar no controle ambiental.”

É possível encontrar no mercado antipulgas no formato de spray, pipetas e coleiras, que combatem pulgas e carrapatos, além de comprimidos para controle e tratamento do parasitismo interno dos animais. “O ideal é sempre utilizar produtos antipulgas no pet, principalmente após o banho”.

MULHER USANDO ASPIRADOR
Freepik

Em paralelo, é indicado realizar também a limpeza mecânica no ambiente, como o uso de aspiradores de pó, além de sempre lavar todos os objetos dos pets, como brinquedos, cobertores, cama, travesseiros, entre outros. Já os jardins e áreas externas devem ser dedetizados a cada 30 dias.

Dica do veterinário:

“Se o pet apresentar qualquer problema clínico, o veterinário deverá ser consultado para verificar qual a melhor solução para o problema do animal”, finaliza Cabral.

Fonte: Virbac

Pets: veterinário explica tudo o que você precisa saber sobre parasitas

Sejam eles internos ou externos, os parasitas são um problema recorrente em cães e gatos, e podem provocar diversas enfermidades. O veterinário Ricardo Cabral, da Virbac, comenta sobre os tipos mais comuns em pets, as maiores incidências e as principais maneiras de prevenir que o animal se contamine com essas pragas.

O parasita é um organismo que retira de outros organismos os recursos necessários para a sua sobrevivência, podendo viver tanto fora como dentro do corpo do hospedeiro. No caso de cães e gatos, pulgas e carrapatos são exemplos de parasitas externos, que vivem ou invadem sua pele ou pelo. Já os parasitas internos são organismos que se alojam, crescem e se alimentam dentro do corpo dos pets, como é o caso de vermes intestinais e verme do coração, por exemplo.

“Cada um tem sua característica própria, ciclo de vida e forma de contágio diferente, por isso, é muito importante entender suas particularidades para prevenir o pet da melhor forma”, explica o veterinário Ricardo Cabral, da Virbac – indústria farmacêutica veterinária. Confira os principais parasitas em cães e gatos, como identificar os sintomas e formas de prevenir e tratar:

Vermes intestinais e giárdia (parasita interno)

D. caninum ex dog.  Given by Peter Schantz
Foto: Peter Schantz/Wikipedia

Os vermes mais comuns nos pets são os intestinais, que podem ser redondos, como Ancylostoma ou Ascarídeos (lombrigas) ou chatos como o Dipylidium caninum, que se alojam no intestino delgado do animal e podem trazer diversos problemas de saúde. Já giárdia é um protozoário que adentra o organismo do animal, causando infecções.

Sintomas:

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Diarreia, pelagem opaca, fraqueza, apatia, vômito, tosse, perda de apetite e peso são alguns dos sinais que podem indicar uma possível infestação de verminoses no animal de estimação. “Os sintomas devem ser analisados o quanto antes, pois podem levar o animal ao óbito”.

Incidência:

Os vermes e giárdia não dependem do clima ou temperatura para surgirem, podendo aparecer em qualquer época do ano e em qualquer região. “Quando os animais vivem em conjunto ou comunidade, como é o caso dos canis/gatis, é perceptível uma maior incidência das verminoses, já que para fechar o ciclo do parasitismo existe a dependência de um contato orofecal”.

Prevenção e tratamento:

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Manter o ambiente higienizado é o primeiro passo para a prevenção dos vermes. “A limpeza das fezes e urina deve ser feita, de preferência, após a defecação”. Além disso, é necessário realizar frequentemente a prevenção por meio de vermífugos – remédios administrados em cães e gatos, de maneira oral, e que combatem as verminoses. “No mercado, existem várias opções de vermífugos, mas o importante, além de consultar um veterinário, é escolher uma marca que seja tradicional e confiável no ramo”.

Verme do coração (parasita interno)

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Também conhecido como dirofilariose canina, o verme do coração é um parasita que afeta o sistema cardiopulmonar dos cães domésticos e silvestres.

Sintomas:

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No início, a doença pode não ter sintoma algum. Posteriormente, os cães e gatos podem apresentar problemas respiratórios, como respiração acelerada ou respiração curta e rápida, tosse e cansaço fácil, além de perda de peso, apatia e fraqueza. Quando os vermes adultos se alojam no coração, os sintomas de insuficiência cardíaca como tosse e cansaço fácil podem se intensificar.

Incidência:

“O verme do coração possui uma característica de sazonalidade mais marcante, já que sua transmissão aos cães depende de um mosquito vetor. Esse mosquito prefere se reproduzir em épocas com mais calor e chuvas, como no verão. No Brasil, no entanto, regiões mais quentes e úmidas, como regiões litorâneas ou próximas a lagos e represas, podem ter uma prevalência alta da doença durante todo o ano”.

Prevenção e tratamento:

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Assim como a prevenção dos vermes intestinais, os vermífugos auxiliam na proteção contra o verme do coração, contribuindo para que o cachorro não seja picado pelo vetor. “Primeiramente, a consulta com o veterinário é essencial para que este indique o melhor vermífugo ao seu animal. Os vermífugos que previnem o verme do coração devem ter em sua composição princípios ativos específicos para este fim, como a ivermectina, e devem ser administrados todos os meses para uma proteção correta”.

Pulgas e carrapatos (parasita externo)

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Estão entre os parasitas externos mais conhecidos e que são apresentados em grande quantidade em cães e gatos. “Os carrapatos são aracnídeos que se alimentam do sangue do hospedeiro. Já as pulgas são pequenas e ágeis, o que as tornam esquivas e difícil de visualizá-las”.

Sintomas:

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Um forte sinal de que seu animal pode estar com pulgas e carrapatos é a coceira. Muitos cães e gatos são alérgicos à saliva destes parasitas e, se livrar deles, é o primeiro passo para o controle eficaz da alergia. Em situações mais graves de parasitismo, cães e gatos podem apresentar sintomas mais graves como perda de peso e anemia. O problema maior, é que pulgas e, principalmente os carrapatos, são transmissores de muitas doenças infecciosas que podem trazer problemas ainda mais sérios.

Incidência:

Os parasitas externos, especialmente as pulgas, são mais presentes no calor (meses de verão). “Entretanto, como no Brasil não tem uma divisão clara de clima, não é possível ver a sazonalidade principalmente nos estados do Norte e Nordeste, onde é possível perceber a infestação de pulgas e carrapatos durante todo o ano”.

Prevenção e tratamento:

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A prevenção de pulgas e carrapatos está totalmente ligada ao ambiente, já que esses parasitas botam o ovo no recinto e não diretamente no animal. “95% das pulgas estão no ambiente, na forma de ovos e larvas. Por isso é muito importante que haja o controle ambiental frequentemente”. Outra forma de prevenção é tratar todos os contactantes. “Por exemplo, se o tutor tem um cachorro e um gato e trata só um animal, o outro também pode ser fonte de re-infestação”. Tratar todos os animais que vivem no ambiente e o próprio ambiente é uma das formas adequadas de prevenir a presença dessas pragas. O tratamento pode ser realizado através de produtos antiparasitários que podem ser encontrados em forma de spray, pipeta e coleiras.

Além disso, manter o ambiente higienizado também é uma importante forma de prevenção contra as pragas. “O indicado é realizar uma limpeza constante do ambiente com o uso de aspiradores de pó e sempre lavar os objetos do pet, como brinquedos, casinha, cobertores, cama, travesseiros, ou qualquer outro utensílio relacionado ao animal”.

#DicadoVeterinário: Atenção com os filhotes!

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Os filhotes precisam de mais atenção com relação ao parasitismo e verminoses. Eles podem receber algumas verminoses que são passadas através da placenta da mãe ou por meio do leite materno. “É uma idade onde o animal não tem um sistema imunológico competente, que ajuda a agir contra verminoses. Se houver uma grande quantidade de parasitas no filhote, podem ocorrer problemas mais graves como anemia, má nutrição, subdesenvolvimento e outras consequências”.

Fonte: Virbac

 

 

Veterinário dá dicas de como cuidar bem de um gatinho

Alguns podem até parecer muito independentes, mas, na verdade, precisam de tanto carinho e dedicação quanto os cães. O veterinário Ricardo Cabral, da Virbac, elenca os principais cuidados que o tutor precisa ter com o bichinho de estimação.

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“Mesmo que o comportamento seja diferente do comportamento de um cachorro, os felinos também precisam de atenção, carinho e responsabilidades com a sua saúde e bem-estar”, afirma Cabral.

“Entender as necessidades que a espécie felina tem é o primeiro passo para decidir se o indivíduo está apto para ter um gatinho ou não”, explica o veterinário. Pensando nisso, Cabral elencou alguns dos cuidados básicos que são necessários ter com os gatos. Confira:

Vacinação

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A vacinação deve ser a primeira preocupação dos tutores com a saúde de qualquer pet. “Primeiro, é necessária uma avaliação com o veterinário para que ele consiga examinar o gatinho e se certifique de que ele está apto a ser vacinado”. Animais com verminoses, malnutridos ou com alguma doença concomitante, não devem ser vacinados até que se resolva essa situação. “Nos gatos, as vacinas consideradas essenciais são aquelas que protegem contra doenças graves e potencialmente fatais, como a panleucopenia e as viroses que causam o complexo respiratório felino, ou rinotraqueíte (herpesvírus e calicivírus). A vacina antirrábica também não deve ser esquecida.”

Alimentação

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A alimentação para o gato deve ser pensada conforme sua idade, raça e porte físico. “A ração deve preferencialmente ser deixada à vontade para o animal, disponível o dia todo, pois diferente dos cães, os gatos podem ter hábitos alimentares noturnos, por exemplo”. Com relação à água, a dica é colocar o líquido em recipientes largos. “Os felinos podem se incomodar com as vibrissas (“bigodes”) tocando as bordas dos recipientes, já que esses são órgãos sensoriais muito sensíveis dos gatos”. Cabral chama a atenção para o fato de que os gatos não são bons bebedores de água. “Na natureza, os ancestrais dos gatos bebiam pouca água e dependiam mais do líquido presente na alimentação. Alguns gatos preferem água corrente, e para esses animais mais exigentes, estão disponíveis no mercado fontes e circuladores de água”. Gatos que ingerem pouca água e só se alimentam de ração seca, podem desenvolver doenças urinárias como cálculos e doença renal crônica.

Banho

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Diferente dos cachorros, gatos não precisam de banhos tão frequentes, pois têm o hábito de se lamber para remover o excesso de pelos e sujidades. Os banhos podem ser mensais, ou a cada três meses, dependendo dos hábitos dos tutores e da aceitação do animal. “Durante o banho, o correto é nunca utilizar produtos que não sejam específicos para a espécie. Quando produtos inadequados são utilizados, como xampus e condicionadores para humanos, a chance de causar alergias e dermatites no felino são grandes”.

Escovação

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Foto: BeattiePetHospital

Escovar o gato ajuda a manter o brilho e saúde da pelagem por mais tempo. Esse processo de escovação, além de criar um relacionamento afetivo com o felino, também auxilia na prevenção de bolas de pelo que os gatos costumam engolir enquanto se lambem e podem causar vômitos, diarreias, falta de apetite, entre outros sintomas. “Uma sugestão é avaliar a periodicidade da escovação de acordo com o comprimento dos pelos. Se o pelo for curto, a escovação mensal é indicada. Para os gatos de pelo médio, a escovação pode ser necessária a cada duas semanas. Já os gatos de pelos longos podem ser escovados dia sim, dia não”.

Higiene da caixa de areia

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Não é necessário ensinar um gato onde fazer suas necessidades fisiológicas, basta ter uma caixinha de areia na residência que o próprio animal, por instinto, enterrará sua sujeira. “Esse instinto ocorre, pois, na natureza, um predador poderia localizá-lo mais facilmente pelo odor das fezes e urina. Por isso, ao enterrar, o gato reduz a chance de um cheiro característico denunciá-lo”. O papel do tutor é deixar a caixinha de areia em um local de fácil acesso e limpá-la diariamente, com o intuito de deixar o ambiente melhor higienizado tanto para o pet quanto para os humanos que convivem com o animal. Outra dica é ter uma caixa de areia acima do número de gatos na casa. Por exemplo, se uma pessoa possui 3 gatos, o correto é ter 4 caixas de areia, pois os gatos não gostam de urinar ou defecar no “território” de outros animais. “Muitos problemas de evacuação em local inapropriado podem ser solucionados aumentando o número de caixas de área disponíveis”, ensina o veterinário.

Higiene bucal

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Foto: PetMED

Assim como nós e os cachorros, os gatos também precisam ter uma rotina frequente de higiene bucal, com escovação feita com produtos específicos e uso de outras estratégias, como soluções orais que auxiliam nos mecanismos de defesa da boca. Manter uma saúde oral adequada previne o aparecimento de doenças causadas pelo acúmulo de placa bacteriana, como a doença periodontal. “No mercado, é possível encontrar pastas de dentes para animais que previnem formação da placa bacteriana, do cálculo dentário (tártaro) e das doenças periodontais e sistêmicas secundárias”. Ler a embalagem é fundamental para não adquirir produtos que contenham sabão na composição e causam mal-estar ao animal de estimação.

Fonte: Virbac

Seu cachorro está com tártaro nos dentes? Veterinário explica como resolver

Engana-se quem acha que o tártaro só aparece em humanos. Ele também é comum em cães e gatos, e nada mais é que a calcificação da placa bacteriana. Esta, por sua vez, é o acúmulo de bactérias nas superfícies dentais, que ocorre pela falta de higiene.

“Conhecido como cálculo dentário, o tártaro é apenas um dos sintomas de uma grave doença dos cães e gatos chamada doença periodontal. Ela pode afetar mais de 80% dos cães e gatos com mais de 3 anos. A boa notícia é que essa doença pode ser evitada e tratada. A má notícia é que se o tutor não realizar o tratamento a tempo, ela pode ser irreversível e o pet corre o risco de perder os dentes”, explica Ricardo Cabral, veterinário da Virbac – indústria farmacêutica veterinária.

Além da perda dos dentes, Cabral ressalta que a doença periodontal pode provocar problemas ainda mais graves, inclusive o óbito. “Isso acontece pois, com o avanço da doença, pode haver contato com algum vaso sanguíneo, o que aumenta a área de alcance da bactéria, resultando em infecções generalizadas. A inflamação crônica e bactérias em excesso geram distúrbios principalmente nos rins e coração”. Confira as principais dúvidas sobre o assunto respondidas pelo veterinário:

Como saber se meu cachorro está com tártaro?

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Um dos primeiros sintomas é o mau hálito, que indica que a placa bacteriana está se acumulando. Os dentes podem passar também para uma coloração amarela até amarronzada, causada pela proliferação de bactérias. “Em estágios mais avançados da doença, o pet pode parar de se alimentar devido a dor e o incômodo que a mastigação proporciona por conta da inflamação dos dentes e gengiva”, conta Cabral. O sangramento gengival também pode ser um indício inicial do problema.

O que fazer quando o pet está com tártaro?

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O primordial é levar o animal a um veterinário, para que ele possa examinar o estágio da doença periodontal. “Métodos preventivos não adiantam quando a doença já está estabelecida e, nesse caso, a retirada do tártaro só é possível com tratamento periodontal na clínica veterinária, sob anestesia”, explica Cabral.

Qual a melhor forma de prevenção?

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A principal forma de evitar o tártaro é a escovação diária dos dentes do animal. “É essencial que o tutor escove os dentes todos os dias, pois a placa bacteriana pode se formar em apenas 24 horas”. Para os cães que não permitem a escovação diária, ou quando isso não for possível, o tutor pode oferecer outras opções que auxiliam na limpeza dos dentes como petiscos, ossinhos e enxaguante bucal, que deve ser colocado na própria água do cachorro, mas sempre mantendo a escovação com a maior frequência possível. Esses produtos devem sempre ser de uso veterinário (nunca de uso humano) e devem oferecer garantias (estudos ou publicações) que suportem as alegações citadas. Consulte o veterinário para saber mais.

Quais são os principais cuidados para a higiene bucal do meu cão?

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A escovação diária pode parecer uma tarefa simples, mas precisa de atenção do tutor. Nunca devem ser utilizados produtos humanos. “No mercado, é possível encontrar pastas de dentes para animais que previnem formação da placa bacteriana, do cálculo dentário (tártaro) e das doenças periodontais e sistêmicas secundárias”, ensina o veterinário. Sempre é necessário ler o rótulo da embalagem, preferindo produtos que não contenham sabão em sua composição e que possuam tecnologia diferenciada para resultados eficientes. “Também é recomendável criar uma rotina de escovação com o pet, escovando os dentes todos os dias no mesmo horário, assim o animal se acostumará com a atividade deixando a tarefa cada vez mais fácil”, finaliza Cabral.

Fonte: Virbac

Tiras mastigáveis para reduzir o mau hálito e cuidar da higiene oral dos cães

A Virbac desenvolveu para sua linha de saúde bucal mais uma novidade: o Veggident FR3SH, que são tiras mastigáveis, 100% vegetais, altamente palatáveis e que foram desenvolvidas com exclusivo formato em Z, que facilita a apreensão e otimiza a ação mecânica de limpeza durante a mastigação.

Além de todos esses benefícios, o diferencial do produto está na tecnologia exclusiva desenvolvida pela Virbac, a FR3SH. Com ação sobre as causas do mau hálito de 3 maneiras – oferecendo limpeza, garantindo refrescância e auxiliando em causas não orais, a tecnologia é composta por 3 elementos especiais. O Extrato de Romã possui ação antioxidante e efeito antiaderente; o Eritritol possui ação sobre o biofilme e garante hálito refrescantes; e a Inulina é um elemento natural que garante equilíbrio da microflora.

“A Virbac é reconhecida no mercado por sua inovação e desenvolvimento, pois estamos constantemente em busca de novas tecnologias e soluções para a saúde dos animais,” afirma Ricardo Cabral, veterinário e gerente técnico da Virbac Brasil. “Agora, estamos dando um passo muito importante no mercado ao lançarmos de forma inédita esta tecnologia que, com certeza, trará muitos benefícios à saúde oral dos cães e – consequentemente – será uma solução eficiente para os tutores também”, completa.

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Fonte: Virbac